29 dez, 2018 - 19:58 • João Cunha , Filipe d'Avillez
A Liga dos Bombeiros considera que a proposta feita pelo Governo para alteração da lei de bases para a Proteção Civil permite manter o diálogo aberto, mas dá ao Executivo até ao dia 31 de janeiro para se chegar a um acordo final.
No passado dia 8 de dezembro, em protesto contra a lei, os bombeiros decidiram cortar as suas comunicações com a Proteção Civil. A medida foi suspensa por dez dias, que terminariam este sábado, mas à saída da reunião da Liga, que se realizou em Pombal, Jaime Marta Soares anunciou que se decidiu manter a suspensão do protesto.
“Fica tudo suspenso até ao congresso”, disse Jaime Marta Soares, referindo-se ao encontro marcado para 23 de março, mas logo ressalvou. “Pensamos que o congresso seja um momento de satisfação para todos, não desejamos que seja um congresso de retomar atitudes que mostram que tudo voltou para trás.”
Segundo Jaime Marta Soares existe espaço para dialogar, mas avisa o Governo de que a suspensão do protesto é reversível. “A lei orgânica da ANPC foi considerada uma janela de oportunidades e a partir dela poderão desenvolver-se as negociações que consolidarão o que têm sido as nossas preocupações.”
“Há que aproveitá-las e desenvolvê-las de forma a que estejam concluídas até ao dia 31 de janeiro. É uma condição sine qua non que isso assim aconteça”, alertou o presidente da Liga dos Bombeiros.
A posição da Liga confirma a antevisão que tinha sido feita por Jaime Marta Soares à Renascença, este sábado de manhã, quando disse que "Este documento tem alguma abertura. Ainda está inacabado, falta introduzir variadíssimas questões, mas vê-se que há vontade política. Havendo vontade política de encaixar as nossas justas propostas de reforma estarão criadas as condições para, durante o mês de janeiro, se poder fechar esta lei”.
[Notícia corrigida às 21h01 e atualizada às 09h26]