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CP lança concurso para comprar 22 novos comboios

07 jan, 2019 - 06:52 • Redação com Lusa

FECTRANS saúda a iniciativa, mas considera-a insuficiente para responder aos problemas atuais e futuros da empresa.

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A CP lança esta segunda-feira o concurso para a compra de 22 novos comboios. A cerimónia está marcada para o final da manhã, na estação de Marco de Canaveses.

O contrato por 168 milhões de euros tem um prazo de execução de oito anos, segundo o anúncio do procedimento publicado em “Diário da República”.

No texto sobre o modelo de anúncio do procedimento de negociação para a compra de "12 unidades automotoras bimodo e 10 unidades automotoras elétricas, respetivas peças de parque e ferramentas especiais e a prestação de serviços de manutenção, preventiva e corretiva, acompanhada da prestação de serviços de formação".

O contrato deve ser executado em oito anos, sem possibilidade de renovação e o prazo para apresentação das candidaturas será as "23h59 do 30.º dia a contar da data de envio do presente anúncio", enquanto o prazo para a decisão de qualificação são "44 dias a contar do termo do prazo para a apresentação das candidaturas".

A maioria do investimento em causa será assegurada por fundos europeus, num total de mais de 109 milhões de euros do FEDER e do Fundo de Coesão, a vigorar no período de programação 2021-2027. O restante valor - 58,8 milhões de euros -, será pago com recurso a verbas nacionais, nomeadamente do Fundo Ambiental, refere o documento.

Em comunicado, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS) saúda o lançamento do concurso, apesar de o considerar insuficiente para responder aos problemas atuais e futuros da CP.

"Não responde aos problemas de imediato, nomeadamente a recuperação de material circulante imobilizado, para que é necessário um plano de intervenção, dotando a EMEF [oficinas de manutenção] de toda a capacidade de intervenção com os meios financeiros, de equipamentos e materiais, assim como de trabalhadores", lê-se na nota divulgada.

Aquela federação sindical manifestou o desejo de que este concurso não seja anulado como outros depois das eleições legislativas e lamentou que a compra de comboios se restrinja ao "serviço regional, impedindo a necessária aquisição de comboios para os serviços urbanos e para o longo curso, áreas da CP onde o material mais novo já está perto da 'meia vida' operacional".

Para a FECTRANS, a opção pelo serviço regional justifica-se por o "Governo estar a limitar a capacidade de resposta desta empresa [CP] nos segmentos mais lucrativos, para os entregar à exploração privada, no âmbito da liberalização do transporte ferroviário".

Comentários
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  • Anonimus
    07 jan, 2019 12:46
    Muito bom. O Antonio Costa preocupado com as taxas do carbono, e a ferrovia continua pelas ruas da amargura. As linhas regionais são uma piada. Torres Vedras-Lisboa: Comboio 1:40; Autocarro (ou carro) 0:40. Sim, usemos o comboio. E como este, tantos outros exemplos. Quantas ligações entre cidades podem ser realizadas, em tempo útil, sem recorrer ao longo curso (que cada vez está pior)? Aveiro-Porto, Coimbra-Aveiro, Leiria-Lisboa. Não tiveram dúvidas em construírem uma autoestrada paralela à A1, porque esta estava sobrelotada, mas para resolver a sobrelotação da linha do Norte, nem sequer olham para a linha do Oeste, a cair de podre. Linha do Norte que, com o dinheiro que entretanto lá se enterrou em manutenção "pesada", já tinha alternativa à medida das necessidades dos Alfas. Relembrar que a CP aumentou a duração da viagem Alfa/Ic entre Lisboa e Porto, mas não teve problemas em aumentar os preços. Pior serviço, mais caro. Viva o mercado liberalizado e o serviço público.
  • A.FERREIRA
    07 jan, 2019 OEIRAS 08:59
    oLHA Olha se não fose a UE como quer o BE e o PC lá se íam os comboios à viola

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