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"Repórter" da TVI investigado por alegados crimes de discriminação

09 jan, 2019 - 10:29 • Lusa

Factos remontam a uma emissão de 2 de novembro de 2017. Bruno Caetano é um "repórter" da programação sem carteira de jornalista.

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O Ministério Público está a investigar Bruno Caetano, que a TVI identifica como "repórter", por alegadas práticas de crimes de discriminação e de incitamento ao ódio.

De acordo com a notícia publicada no site do “Jornal de Notícias”, o caso não tem a ver com o convite de Mário Machado para ir ao programa televisivo, no âmbito da rubrica "Diga-me de sua (In) Justiça", da responsabilidade de Bruno Caetano, mas sim com "dois episódios semelhantes em novembro de 2017".

Segundo o jornal, o inquérito a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, confirmado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), foi desencadeado por um 'post' violento que Bruno Caetano divulgou na rede social Facebook, onde aludiu a determinada etnia, e por um direto na então rubrica "Crónica Criminal".

O inquérito ainda "não tem arguidos constituídos".

O diário apurou ainda junto da Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial que os factos remontam à emissão de 2 de novembro de 2017, acabando por ser a Entidade Reguladora para a Comunicação Social a encaminhar o caso para o MP, além de ter feito uma recomendação à TVI, para que evitasse estes comportamentos.

Segundo o JN, Bruno Caetano colocou naquela data um 'post' onde se queixou da violência desencadeada "claramente" por pessoas de determinada etnia, apagando depois a publicação, perante a reação dos seus seguidores.

No entanto, no direto na TVI, reagiu de igual forma como no caso do nacionalista Mário Machado: queixou-se de receber ameaças, insistiu que não era "xenófobo", e usou de novo uma "linguagem e interpretações" consideradas racistas, ao associar a etnia das pessoas a atos de violência, segundo o jornal.

Bruno Caetano não tem carteira de jornalista.

Mário Machado, ex-líder da Frente Nacional esteve preso dez anos, em cúmulo jurídico, por crimes como discriminação racial, coação agravada, posse ilegal de arma, danos e ofensa à integridade física qualificada. Um dia depois de o programa ter sido emitido, o Sindicato dos Jornalistas anunciou a apresentação de uma queixa contra a TVI junto do regulador e da Assembleia da República pela presença de Mário Machado no programa da TVI

Num comunicado intitulado "Em nosso nome não!", publicado na página da Internet, o Sindicato dos Jornalistas (SJ) considerou "inqualificável o tempo e o espaço concedido pelo canal de televisão TVI a Mário Machado, conhecido líder da extrema-direita, várias vezes condenado e preso por diversos crimes".

Comentários
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  • 09 jan, 2019 palmela 11:56
    Ha! Com que entao voltamos de novo ao tempo do fascismo!

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