21 jan, 2019 - 19:55 • Lusa com Redação
A PSP deteve esta segunda-feira quatro pessoas, após cerca de duas centenas de moradores do Bairro da Jamaica, no Seixal, terem apedrejado a polícia na Avenida da Liberdade, em Lisboa, informou fonte da PSP.
Cerca de uma centena de moradores no Bairro da Jamaica, no Seixal, estavam às 16h30 em protesto em frente ao Ministério da Administração Interna (MAI), em Lisboa, para dizer "basta" à violência policial e “abaixo o racismo”.
Segundo o porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis), os manifestantes, cerca das 17h00, subiram a Avenida da Liberdade, em direção ao Marquês de Pombal, onde ocuparam a praça central.
Pelas 18h30, começaram a descer a avenida, ocupando as faixas centrais e impedindo a circulação rodoviária, indicou a fonte, explicando que quando os elementos da PSP obrigaram os manifestantes a passar para o passeio, estes começaram a lançar pedras contra os agentes da autoridade e “pelo menos dois petardos”.
Esta reação levou a “uma intervenção mais musculada da PSP”, obrigando os manifestantes a dispersarem-se, indicou a fonte, não adiantando para já se foram disparados tiros.
O comissário Tiago Garcia afirmou que existem “quatro detidos”.
Cerca das 19h15 havia um forte aparato policial na zona do final da Avenida da Liberdade e na Praça do Rossio.
PSP disparou projéteis de borracha "para o ar" em resposta a desacatos
A PSP admitiu que teve de disparar projéteis de borracha “para o ar”, na sequência do apedrejamento de agentes na Avenida da Liberdade, em Lisboa, por moradores de um bairro social do Seixal.
Segundo Tiago Garcia, porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP, em resposta aos manifestantes “foram feitos disparos com bagos de borracha para o ar, como forma de advertência”.
O porta-voz da PSP acrescentou que, em consequência dos incidentes, registaram-se “polícias feridos, mas tudo ligeiros”, que não necessitaram de receber assistência hospitalar.
Diversas viaturas ficaram “danificadas, devido às pedras” e aos petardos, incluindo um veículo da PSP.
A mesma fonte policial, que falava aos jornalistas na zona do Rossio, assegurou que “os ânimos estão calmos” e que a polícia “continua no local para manter a ordem” e que “a cidade está segura”.
[Notícia atualizada às 21h04]