26 jan, 2019 - 15:32 • Redação
Portugal chegou pela primeira vez à quinta posição na lista dos países mais envelhecidos do mundo.
Os dados são da Euromonitor International, que no seu mais recente estudo apresenta o top 5 dos países com populações mais envelhecidas com base no rácio de dependência, que traça uma relação direta entre o número de pessoas com mais de 65 anos e a população trabalhadora.
O Japão lidera a lista, seguido de Itália, da Grécia, da Finlândia e de Portugal, por esta ordem.
No seu relatório, a empresa de estudos de mercado aponta que, até 2030, o país mais envelhecido do mundo vai assistir ao decréscimo em número de todos os grupos etários à exceção dos japoneses com mais de 65 anos, altura em que o chamado rácio de dependência irá atingir os 53,6%.
No que toca a Portugal, a Euromonitor explica que o envelhecimento da população se deve às taxas de fertilidade extremamente baixas e à emigração de portugueses para o estrangeiro nos últimos anos.
"Portugal tem facilitado as suas políticas de imigração numa tentativa de atrair imigrantes para reverter esta tendência de despovoamento", é adiantado no relatório, "mas ainda assim é esperado um aumento substancial da população com mais de 65 anos até 2030".
Da lista de cinco países mais envelhecidos do mundo, aponta a Euromonitor, a Finlândia é aquele onde o aumento da população com mais de 65 anos deverá ser mais drástico. "Ainda assim", é ressaltado, "o total de habitantes da Finlândia deverá expandir-se" a uma velocidade mais elevada que os outros quatro países citados, "como resultado de um saldo migratório líquido positivo".
Sobre a Itália e a Grécia, é apontado que, até 2030, o rácio de dependência da Grécia deverá subir para 44,3% em comparação com 32,3% em 2015, o que significará que deverá ultrapassar a Itália e passar a ocupar o segundo lugar da lista. Em Itália, têm sido os imigrantes, na sua maioria em idade ativa, o único fator a contribuir para os ganhos populacionais do país.
"É esperado que até 2030 os cidadãos estrangeiros representem 9,9% do total da população de Itália, quando o rácio de dependência deverá atingir os 44,3%."