07 fev, 2019 - 10:31 • Redação
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A vereação do CDS em Lisboa acusa a Câmara Municipal de promover as trotinetas elétricas sem qualquer planeamento.
Esta manhã na Renascença o vereador centrista defendeu que é preciso definir regras pelo mau uso da trotineta, mas João Gonçalves Pereira responsabiliza diretamente a autarquia.
“É um dossier que podia estar a correr sobre rodas, já que estamos a falar sobre trotinetas, mas infelizmente não está, muito por responsabilidade da própria autarquia, que é quem autoriza e também não cria regras e não chama os operadores para tentar, de forma consensual, e aprendendo com as experiências e aquilo que correu mal noutras cidades, seja na Europa, seja nos Estados Unidos, perceber que medidas adotar na cidade de Lisboa.”
O vereador diz que o CDS apresentou uma proposta de um estudo sobre o uso das trotinetas elétricas em Lisboa e, apesar de lamentar a falta de regras, diz que não faz sentido avançar já com medidas punitivas.
“No nosso entender não faz sentido avançar-se já com medidas punitivas sem ter existido uma sensibilização, sem ter existido diálogo com operadores. Desde que lançámos esta proposta já houve diálogo com outros operadores e já ouvimos da parte deles disponibilidade para adotar um conjunto de medidas”, diz.
Segundo João Gonçalves Pereira, em Lisboa operam nesta altura cinco empresas e há outras três que receberam agora o licenciamento. Mas existem ainda dez empresas em fila de espera.
O que isso representa em termos de veículos nas ruas da cidade é uma incógnita. Neste momento, diz, “não sabemos se são 1.500, 2.000, 2.500 ou 3.000, não sabemos. Podem chegar aos 10 mil ou 12 mil.”
E deixa a pergunta. “Qual é a carga que a cidade de Lisboa suporta em termos de trotinetas? Por isso é que o CDS propõe que se faça um estudo comparado com as boas e más experiências noutras cidades.”
João Gonçalves Pereira foi um dos convidados do programa As Três da Manhã, na Renascença. O vereador da Mobilidade na Câmara Municipal de Lisboa também foi convidado mas recusou, por falta de agenda.
A Polícia de Segurança Pública reforça, esta quinta-feira, em todo o país a fiscalização às bicicletas e trotinetes. O objetivo da operação “Risco Mínimo” é prevenir e diminuir os acidentes rodoviários.
Esta polícia registou na sua área de responsabilidade - os centros urbanos - um ligeiro aumento do número de acidentes rodoviários envolvendo bicicletas e trotinetes em 2018, que totalizaram 1.180, mais 54 do que em 2017.