14 fev, 2019 - 15:15
A CP - Comboios de Portugal recebeu cinco candidaturas de empresas para a compra de novos comboios.
De acordo com um comunicado da empresa, os interessados são as espanholas Talgo e CAF, a francesa Alstom, a suíça Stadler e a alemã Siemens. A CP tem 42 dias úteis para escolher o fabricante a quem vai encomendar os 22 comboios para o serviço regional.
O concurso público foi lançado no dia 7 de Janeiro, no valor de 168 milhões de euros, e contempla a aquisição de 10 automotoras eléctricas e 12 bi-modo, ou seja, que podem circular indistintamente em linhas electrificadas e não electrificadas. Os comboios deverão entrar em circulação em Portugal, o mais tardar, em 2023.
A administração de Manuel Queiró chegou a propor ao Governo a compra de 35 comboios, número que incluía 10 unidades de longo curso para as ligações a Espanha, mas as expectativas da antiga administração da CP, agora liderada por Carlos Nogueira, saíram goradas, uma vez que o Executivo decidiu baixar o número de comboios a comprar para 28 e, depois, para 22, cingindo-se ao serviço regional.
O ministro Pedro Marques nunca explicou esta decisão nem de que forma vai a CP enfrentar a liberalização do transporte ferroviário, nomeadamente nas ligações a Espanha.
Há 10 anos, um concurso público previa a compra de mais de 100 comboios, num investimento de 500 milhões de euros que seria o maior de sempre da CP. O concurso acabou cancelado por causa da crise.
No início do ano, o especialista Manuel Tão, da Universidade do Algarve, disse à Renascença que as 22 unidades “não seriam suficientes”, tese que foi secundada pela FECTRANS.