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Greve dos enfermeiros. Presidente do Sindepor anuncia greve de fome "à porta do Presidente da República"

19 fev, 2019 - 19:41

Carlos Ramalho considera que a greve dos enfermeiros é "legalíssima", o parecer do conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República "é muito injusto" e acusa o Governo de estar a "coagir" os profissionais em protesto.

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O presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros (Sindepor), Carlos Ramalho, anuncia que vai entrar em greve de fome "à porta do Presidente da República", a partir de quarta-feira.

O sindicalista considera que a greve dos enfermeiros é "legalíssima", o parecer do conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República "é muito injusto" e acusa o Governo de estar a coagir os profissionais em protesto.

O Ministério da Saúde esclareceu, a partir de quarta-feira (amanhã), devem ser atribuídas faltas injustificadas a todos os que adiram à greve.

Carlos Ramalho afirma que o Sindepor não vai desconvocar a greve, mas considera que "os enfermeiros vão trabalhar coagidos e obrigados porque está a ser posto em causa o direito a greve".

"Os enfermeiros vão cumprir as determinações das administrações. Estão a ser ameçados para desistir da greve", sublinha o sindicalista.

Comentários
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  • José Joaquim Cruz Pinto
    20 fev, 2019 Ílhavo 13:25
    E, procurando ser breve, desejo só mais uma coisa: independentemente da decisão do Supremo Tribunal Administrativo*, e tendo em conta que o direito à saúde e à vida é absolutamente fundamental, superior e anterior ao direito à greve (que, em si mesmo, é indiscutível), desejo e incito todos os que comprovadamente tenham visto a sua cirurgia adiada e comprometida pela greve que instem a PGR a accionar judicialmente (ou accionem eles próprios) os sindicatos envolvidos e a própria Ordem dos Enfermeiros**, para que respondam pelos irremediáveis danos causados. Se eu tivesse sido vítima, NÃO ME ESCAPARIAM. [* Pelo sim pelo não, depois do acórdão de um juíz ter desculpado a violência doméstica com referências à Bíblia, é melhor não dar por garantida a racionalidade e justiça de toda e qualquer sentença judicial. ** Só a partir de ontem à noite, em entrevista à SIC, mostrou a Bastonária o cuidado que a lei exige em não se descair no apoio descarado à greve ilegal - perdão, "ilegítima".]
  • José Joaquim Cruz Pinto
    20 fev, 2019 Ílhavo 04:55
    Agora espero e desejo pelo menos duas coisas: 1. Que o Senhor Presidente não se sinta tentado a tirar uma "selfie" com o grevista, nem antes nem depois da pronúncia do Supremo Tribunal Administrativo. 2. Que o grevista, quer queira quer não, seja retirado da porta da Presidência e mandado para lugar mais recatado (para casa, por exemplo), onde poderá então fazer o que quiser (tal como faltar injustificadamente ao serviço), prescindindo-se da utilização de um VAR ou coisa parecida para verificarmos se ninguém às escondidas lhe vai dar sopa ou ele pega umas bolachinhas.
  • Isabel
    19 fev, 2019 Lisboa 23:55
    O Presidente do Sindicato precisa de perder peso.
  • Cidadao
    19 fev, 2019 Lisboa 20:34
    Eu apostaria mais na impugnação judicial do parecer e menos no show-off. Afinal contrataram o advogado especialista em Direito do Trabalho, Garcia Pereira, para quê? Mas o PR do SINDEPOR lá sabe as linhas com que se cose.
  • Enfermeiro
    19 fev, 2019 Hospital Central 20:31
    É a diferença dos Sindicatos: O SINDEPOR mantém-se na luta até ao fim. O ASPE baixou as calças. Diz que está na luta, mas não está. Rendeu-se. Merecia que os associados entregassem os cartões em massa. Quanto ao resto, os enfermeiros podem sempre faltar. Afinal, continua em vigor a lei das faltas injustificadas. Só vão trabalhar se desistiram e cederam a chantagens baratas.

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