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Sindicatos de professores dizem que Governo não mudou "uma vírgula" na proposta rejeitada

25 fev, 2019 - 18:30 • Agência Lusa

Estruturas sindicais dizem ter esbarrado num "muro de intransigência" à saída de mais uma ronda de negociações.

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A plataforma sindical de professores disse esta segunda-feira ter “esbarrado num muro de intransigência do governo”, que apresentou aos professores uma proposta de recuperação de tempo de serviço “rigorosamente igual, sem mudar uma virgula” face à que foi rejeitada.

Em declarações aos jornalistas no final de uma reunião que durou cerca de uma hora, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, afirmou que as organizações sindicais de profissionais de professores “esbarram num muro de intransigência do governo”.

De acordo com Mário Nogueira, o governo voltou a apresentar uma proposta que prevê a recuperação de dois anos, nove meses e 18 dias, mas os professores exigem a recuperação integral do tempo de serviço congelado: nove anos, quatro meses e dois dias.

“Os professores não deixam que governo algum lhes meta a mão ao tempo de serviço que cumpriram”, afirmou Mário Nogueira, explicando que os representantes dos vários sindicatos vão reunir-se na terça-feira para discutir e decidir “se vale a pena perder mais tempo em reuniões” em que o governo se recusa a avançar.

Mário Nogueira voltou a sublinhar que os sindicatos estão “confiantes de que o problema vai resolver-se” durante esta legislatura, remetendo para o parlamento a resolução do diferendo.

Segundo Mário Nogueira, o governo propôs uma nova reunião para 04 de março, mas os professores só decidirão na terça-feira se valerá a pena voltar a reunir.

“A negociação está esgotada, pareceu-nos”, disse.

As declarações do secretário-geral da Fenprof foram proferidas no Ministério da Educação, onde hoje foram retomadas as conversações entre a tutela e 10 estruturas sindicais para redefinir a contagem do tempo de serviço congelado na carreira docente.

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  • Cidadao
    25 fev, 2019 Lisboa 20:13
    Mas estavam à espera de outra coisa, principalmente depois do proclamado CR7 da Finança, um tal de Centeno, ter dito logo que "... não havia margem para mais despesa ..." - a não ser claro que se tratasse de manter à tona, mais um Banco semi-falido por negociatas de que alguns se aproveitaram à grande? Não sejam ingénuos nem nos façam a nós de ingénuos. Se conseguirem alguma coisa, terá de ser com luta bem feroz, que o governo, por si, não vai dar nicles... Mas desta vez, ponham o Sindicato S.T.O.P. a liderar a luta, que o Nogueira... está mais que visto e ultrapassado.
  • Luis Ribeiro
    25 fev, 2019 Farp 19:38
    Infelizmente o Governo goza, é este o termo, com os seus trabalhadores, arrastando num clima de hipocrisia as "negociações" até ao limite das proximas eleições de forma a protelar por mais uns meses uma situação insustentável. As injustiças do estado com os seus funcionários já passou o limite do absurdo. As greves são impossiveis de evitar num quadro destes e só lamento que nas mais diversas areas quem vá sofrer com esta miopia financeira seja os cidadaos, as crianças, os idosos, nas escolas, nos hospitais, nas mais diversas repartições publicas. Este Governo não negoceia. Despeja aos Mil Milhoes na Finança e conta tostões em serviços publicos basicos para a sociedade. Se é isto que União Europeia quer impor aos estados, então os ingleses estão mais que certos: sair da União Europeia faz todo o sentido.

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