28 fev, 2019 - 08:27
Vai ser lançado a 1 de março o programa "Queima Segura", que obriga que "todas as queimas sejam acompanhadas" por bombeiros e sapadores.
"Lançámos uma legislação nova que já é conhecida, em que todas as queimas sejam registadas e todas as queimadas sejam acompanhadas e vamos também lançar um programa, que se chamará Queima Segura, para que haja acompanhamento das queimas", explicou secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural.
Neste sentido, Miguel João de Freitas disse que espera que este programa seja, "esta semana ainda, no dia 1 de março, que este concurso esteja anunciado no Fundo Florestal Permanente", porque "é muito importante que os autarcas possam acompanhar também as queimas".
"Queremos que haja menos ocorrências que provoquem incêndios. Ainda há pouco estava com o senhor comandante dos bombeiros que teve de se retirar, precisamente, porque uma queimada deu origem a um incêndio no concelho de Nelas", anunciou.
Explicou que o que se pretende é que os autarcas, em conjunto, "trabalhem para concentrar as queimas em dois, três dias, mas com flexibilidade", até em consonância com as condições meteorológicas.
No entender do governante, com esta planificação devidamente divulgada, "as pessoas começam a organizar-se para fazer as queimas naqueles dias" e, perante essa organização, "as câmaras vão fazer por ter bombeiros e sapadores disponíveis, junto das pessoas, para as ajudar" a fazer a queima.
"É uma prática que existe e vai continuar, porque muita dessa prática é necessária para eliminar aquilo que são os sobrantes e também para os pastores. É uma prática que vai continuar, mas que tem de ser, acima de tudo, uma prática segura, controlada e acompanhada", assumiu.
A base de dados nacional de incêndios rurais regista, no período compreendido entre 1 de janeiro e 15 de setembro de 2018, um total de 9.725 fogos que resultaram em 38.223 hectares de área ardida.