07 mar, 2019 - 15:25 • Agência Lusa
O advogado do homem suspeito de matar a mulher em Vieira do Minho disse esta quinta-feira que o seu cliente, quando se entregou na GNR, assumiu o crime de violência doméstica e não o de homicídio.
“O meu cliente não assumiu, nem assume, a autoria do homicídio. Quando se entregou na GNR, disse que agrediu a mulher, nunca disse que a matou”, referiu o advogado João Magalhães, à Lusa.
Uma mulher foi morta pelo marido na noite de quarta-feira em Vieira do Minho, distrito de Braga, e, segundo a GNR, o “suspeito” entregou-se às autoridades.
“Tratou-se de um homicídio de uma mulher num quadro de violência doméstica. O marido entregou-se às autoridades e está detido”, disse fonte da GNR.
À Lusa, o advogado João Magalhães disse que, quando o homem abandonou o local, a mulher ainda estaria viva.
Disse ainda que no local também se encontrava o alegado “amante” da vítima, tendo sido este quem deu o alerta às autoridades.
“O que aconteceu no local após a saída do meu cliente, não sabemos”, acrescentou.
Segundo João Magalhães, o marido, na noite de quarta-feira, terá tido uma discussão com a vítima, acusando-a de infidelidade.
“A mulher ainda terá tentado tirar-lhe uma avultada quantia em dinheiro que ele tinha no bolso da camisa, houve zaragata, agressões, estaladas, após o que o meu cliente abandonou a casa”, acrescentou.
O homem apresentou-se nas autoridades e acabou detido pela Polícia Judiciária de Braga, que está a investigar o caso.
O detido deverá ser levado a tribunal na sexta-feira, para primeiro interrogatório judicial e aplicação das respetivas medidas de coação.
O casal esteve emigrado duas décadas em Inglaterra, mas voltou a Portugal em 2017, abrindo em Vieira do Minho uma unidade de alojamento local e um restaurante.
Segundo a fonte da GNR, esta força não tem nos seus registos qualquer histórico em relação ao casal, ambos na casa dos 40 anos.