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Bactéria multirresistente encerra cuidados intensivos do hospital de Évora

12 mar, 2019 - 15:02 • Redação com Lusa

Encerramento será "para limpeza e desinfeção". Administração hospitalar garante que esta "é uma situação de rotina e não põe em causa os utentes, nem os profissionais".

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Uma bactéria multirresistente foi detetada na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), obrigando ao seu encerramento temporário, revelaram esta terça-feira à agência Lusa fontes hospitalares.

"É uma bactéria transmissível" e, por esse motivo, será necessário encerrar a UCI de Évora "para limpeza e desinfeção", adiantou à Lusa o secretário regional do Alentejo do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Armindo Ribeiro.

Contactada pela Lusa, fonte do conselho de administração do HESE confirmou a existência da bactéria na UCI, adiantando que a unidade vai ser encerrada, na quarta-feira, durante 24 horas, para ser feita "a esterilização, de acordo com os protocolos".

A mesma fonte da administração hospitalar referiu que a UCI ainda estava a funcionar, a meio da tarde desta terça-feira, por ser necessário esperar pela alta desta unidade de todos os doentes internados.

"É uma situação de rotina e não põe em causa os utentes, nem os profissionais", notou a fonte, assinalando que o hospital de Évora tem "protocolos de segurança que permitem evitar o risco e controlar estas situações".

Nas declarações à Lusa, o secretário regional do Alentejo do SIM considerou que "a grande falta de profissionais" nos hospitais faz com que "a prestação de cuidados de saúde tenha vindo a degradar-se e que os controlos microbiológicos dos doentes sejam cada vez mais difíceis".

"A diminuição do rácio médico/doente e enfermeiro/doente faz com que haja uma dificuldade acrescida para a prestação de cuidados de saúde, motivo pelo qual poderão aparecer, não só nesta unidade, como em outras, este tipo de situações", acrescentou.

Em comunicado entretanto enviado às redações, o conselho de administração daquele hospital confirma que "decidiu realizar uma descontaminação da Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente, após terem sido isoladas estirpes de bactérias multirresistentes".

No documento, a administração reforça que este é um "procedimento habitual nos hospitais sempre que tal se justifica".

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