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Doentes de Parkinson chegam a esperar um ano por uma consulta

11 abr, 2019 - 12:14 • Redação

Hoje é Dia Mundial da Doença de Parkinson. #UniteforParkisons é o lema da campanha que assinala a data. Veja o vídeo.

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Há doentes de Parkinson que ficam um ano à espera de consulta de acompanhamento. A denúncia é feita pela Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson (APDk) nesta quinta-feira, dia mundial dedicado à doença.

Segundo a associação, os longos períodos de espera são prejudiciais, devido à dificuldade em acertar com o tratamento mais adequado.

“Um doente Parkinson, às vezes, até chegar à medicação que lhe permite estar bem durante um tempo mais prolongando, tem que fazer vários ajustes e, se não acertar logo à primeira, tem de fazer mais uma consulta, que pode demorar de quatro a cinco meses ou até um ano”, o que leva a uma descompensação, alerta a presidente da associação, Ana Botas, em declarações à Renascença.

O portador de Parkinson, uma doença crónica, necessita de acompanhamento contínuo e a demora das consultas dificulta a resposta ao tratamento, insiste a APDk.

Para assinalar Dia Mundial da Doença de Parkinson, a associação reedita a campanha de sensibilização #UniteforParkisons, cujo lema é “aproveitar mais cada dia”.

Dessa campanha faz parte um vídeo, no qual testemunhos reais revelam como se vive de forma positiva com a doença.


Este ano, a empresa “Delta Cafés” uniu-se à ação e distribuiu cerca de cinco milhões de saquetas de açúcar com os depoimentos dos doentes.

Linha telefónica gratuita para dúvidas

Para esclarecer dúvidas sobre a doença de Parkinson, a Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson criou uma linha telefónica em parceria com o Campus Neurológico (CNS).

O número é: 261 330 709. Está em funcionamento aos sábados, entre as 18h00 e as 19h00, e as chamadas são totalmente gratuitas. O atendimento é feito por neurologistas.

A Doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum ao nível de mundial, só ficando atrás da Doença de Alzheimer.

Em Portugal, existem entre 18 e 20 mil pessoas com esta doença de movimento, sendo que, todos os anos são identificados cerca de dois mil novos casos.

Para tratamento, é recomendado que os doentes sejam acompanhados por equipas multidisciplinares, incluindo neurologistas, fisioterapeutas e terapeutas de fala. Contudo, o acesso a esses cuidados ainda é muito escasso e com grandes assimetrias no país, refere o diretor do CNS, Joaquim Ferreira.

Ainda assim, segundo o também professor da Faculdade de Medicina de Lisboa, “felizmente, quase todos os medicamentos e as mais recentes tecnologias para tratar a doença estão disponíveis em Portugal. Apenas temos de garantir que todos os doentes têm acesso e tempo útil, a esses tratamentos”.

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