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Governo português apela ao esclarecimento da detenção de líder da oposição da Guiné Equatorial

13 abr, 2019 - 23:26 • Permanência da Guiné Equatorial na CPLP? "Pena de morte é incompatível" redação com Lusa

O secretário-geral do partido Convergência para a Democracia Social (CDS), Andrés Esono, foi detido no Chade quando participava num encontro com aliados políticos, no passado dia 11 de abril.

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O Governo português reagiu este sábado à detenção de um líder da oposição da Guiné Equatorial.

Em comunicado enviado pelo gabinete do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, o Governo português apela a um “esclarecimento cabal da presente situação e reitera a importância de serem observados a legalidade e o princípio do Estado de Direito”.

“O Governo português tomou nota com apreensão da notícia sobre a detenção do Secretário-Geral da Convergência para a Democracia Social da Guiné Equatorial, Andrés Esono Ondo, no dia 11 de Abril, no Chade”, pode ler-se no mesmo documento.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros "nota ainda, com preocupação, recentes episódios indiciadores de limitação das liberdades políticas envolvendo figuras da oposição equato-guineense", acrescenta o comunicado.

Andrés Esono foi detido no Chade quando participava num encontro com aliados políticos do partido chadiano União Nacional para a Democracia e Ressurgimento, dirigido por Saleh Kebzbo.

Numa nota de imprensa, O Governo da Guiné Equatorial justificou a detenção com base numa suspeita de tentativa de golpe de Estado, por parte do líder da oposição.

Em declarações à Efe no passado dia 29 de março, Esono disse que os cidadãos da Guiné Equatorial carecem de um projeto de vida, devido à "ditadura perfeita" exercida pelo presidente do país, Teodoro Obiang, que tem "controlo total" sobre eles desde 1979.

Teodoro Obiang chegou ao poder em 1979 através de um golpe de Estado que derrubou o seu tio, Francisco Macías, e é o presidente há mais tempo no poder em todo o mundo.

O comunicado surge no mesmo dia em que António Costa questionou a permanência da Guiné Equatorial na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e lembrou que valores da Comunidade de Países de Língua Portuguesa não se coadunam com a pena capital, ainda em vigor no país, que aderiu à organização em 2014.

Na sessão de encerramento da V Cimeira Portugal-Cabo Verde, a decorrer em Lisboa, Costa foi questionado sobre a visita, na próxima semana, do Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, a Cabo Verde, o país que atualmente preside à CPLP.

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