16 abr, 2019 - 18:09 • Redação
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O Presidente da República pede ao Governo que avance no diálogo com o sindicato dos motoristas de matérias perigosas em greve.
Em declarações aos jornalistas, Marcelo Rebelo do Sousa disse estar em contacto com o primeiro-ministro em relação a esta situação, dizendo que está a acompanhar "com preocupação" a situação que já terá colocado metade dos postos de abastecimento do país sem combustível.
"Tenho acompanhado o esforço que está a ser feito para normalizar essa situação, independentemente depois do problema laboral, que é um problema entre privados e também do exercício do direito constitucional à greve, que espero que venha a ter um diálogo que permita também uma evolução", disse o chefe de Estado, em declarações aos jornalistas após uma viagem de elétrico em Lisboa com a sua homóloga da Estónia, que se encontra em visita de Estado a Portugal.
Apesar da preocupação, Marcelo Rebelo de Sousa diz que, do Governo, o que lhe chega é "a convição de que tudo está a ser feito para recuperar esse tempo que entretanto decorreu".
O Presidente não deixou de lembrar, no entanto, as "muitas famílias têm a tradição de ir à terra passar com mais familiares", algo que poderá não acontecer caso a situação não seja resolvida a tempo.
A greve nacional dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00h00 de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica.
Dada a falta de combustível que se começou a verificar um pouco por todo o país, o Governo aprovou uma requisição civil pelo facto de a greve afetar "o abastecimento de combustíveis aos aeroportos, bombeiros e portos, bem como o abastecimento de combustíveis às empresas de transportes públicos e aos postos de abastecimento da grande Lisboa e do grande Porto”.
Nas últimas horas tem-se verificado uma corrida aos postos de abastecimento. Há até voos a serem desviados para Espanha para abastecerem.
Após a requisição civil, os militares da GNR mantiveram-se de prevenção em vários pontos do país para que os camiões com combustível pudessem abastecer e sair dos parques sem afetarem a circulação rodoviária.