17 abr, 2019 - 12:34 • Isabel Pacheco
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Só à quinta tentativa é que Isolinda Cruz conseguiu abastecer o carro, esta quarta-feira de manhã, em Braga. Deu “voltas e mais voltas” até encontrar gasolina no posto da Avenida da Imaculada Conceição.
Já menos sorte tiveram os condutores de veículos a diesel. Desde a noite de terça feira que o gasóleo “está esgotado”, conta-nos a funcionária do posto de abastecimento que fala no “triplo da afluência de clientes”.
Mais à frente, a 500 metros, encontramos outro posto de combustível e igual cenário. “Todos os produtos estão esgotados. Só há 'ultimate diesel'. Acabando este, acaba tudo!” diz-nos o Domingos Silva, estimando que haja combustível apenas para “a próxima meia hora, se tanto”.
Para quando a reabastecimento de combustível, ninguém sabe dizer. Uma incógnita para os trabalhadores das gasolineiras e para os condutores, muitos deles dependentes do carro para trabalhar.
“Preciso de ir trabalhar e não tenho gasóleo. Este é o terceiro posto que vou esta manhã. Tenho que ir para Chaves e não consigo”, conta, indignado, João Paulo.
Mário Peixoto tem combustível para um dia de trabalho no táxi. Depois disso, admite parar. “Não tenho outra solução”, diz o taxista que estima “avultados prejuízos” caso a greve dos motoristas de transporte de matérias perigosas se prolongue por mais dias.
Ouvido pela Renascença, o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, não esconde preocupação face à possibilidade de muitos turistas decidam evitar Braga durante a Semana Santa.
“Estou muito preocupado e nem Governo nem entidades patronais do sector mostraram considero o resto do país”, para além de Lisboa e Porto, na hora de assegurar os serviços mínimos."