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Crise de combustíveis

Funerárias podem ter de recusar trasladações por causa da falta de combustível

17 abr, 2019 - 19:04 • Redação com Lusa

“Estamos a fazer tudo o que podemos dentro dos depósitos que temos”, garantiu o presidente da Associação Nacional de Empresas Lutuosas.

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O presidente da direção da Associação Nacional de Empresas Lutuosas (ANEL) disse esta quarta-feira que devido à escassez de combustíveis nos postos de abastecimento poderão ter de recusar trasladações se não existirem garantias de poderem efetivá-las.

Carlos Almeida contou que estão a privilegiar funerais locais e na área de intervenção em detrimentos dos que exigem uma deslocação maior, por uma questão de gasto de combustível.

“Estamos a fazer tudo o que podemos dentro dos depósitos que temos”, frisou.

Apesar de ainda não terem tido de recusar trasladações, Carlos Almeida admite vir a poder fazê-lo se não existirem garantias de poder fazer a viagem de ida e volta.

A título de exemplo, o responsável frisou que não poderá fazer uma trasladação de Lisboa a Bragança porque não tem garantias de poder vir a abastecer pelo caminho.

Questionado sobre se o setor pondera vir a pedir para ser incluído na lista de entidades prioritárias para abastecimento de combustível, Carlos Almeida disse que não, por entender que há setores com “maiores necessidades” e pelo facto de não estar em causa a saúde pública.

A greve dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00:00 de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica.

Na terça-feira, gerou-se a corrida aos postos de abastecimento de combustíveis, provocando o caos nas vias de trânsito.

A Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) informou hoje que não foi ainda retomado o abastecimento dos postos de combustível, apesar da requisição civil, e que já há marcas “praticamente” com a rede esgotada.

O primeiro-ministro admitiu hoje alargar os serviços mínimos e adiantou que o abastecimento de combustível está “inteiramente assegurado” para aeroportos, forças de segurança e emergência.

Na terça-feira, alegando o não cumprimento dos serviços mínimos decretados, o Governo avançou com a requisição civil, definindo que até quinta-feira os trabalhadores a requisitar devem corresponder “aos que se disponibilizem para assegurar funções em serviços mínimos e, na sua ausência ou insuficiência, os que constem da escala de serviço”.

No final da tarde de terça-feira, o Governo declarou a “situação de alerta” devido à greve, avançando com medidas excecionais para garantir os abastecimentos e, numa reunião durante a noite com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e o sindicato, foram definidos os serviços mínimos.

Militares da GNR estão de prevenção em vários pontos do país para que os camiões com combustível possam abastecer e sair dos parques sem afetarem a circulação rodoviária.

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