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Turistas portugueses no Sri Lanka correm para o aeroporto. "Isto é desolador"

21 abr, 2019 - 12:45 • Lusa

A capital do Sri Lanka foi hoje alvo de oito explosões, quatro delas em hotéis. Um português morreu.

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Dois turistas portugueses que estão de visita, com os filhos, ao Sri Lanka, vão tentar chegar ao aeroporto horas antes do voo, tentando contornar o recolher obrigatório imposto no país depois da série de explosões deste domingo de manhã.

Ana Inácio, filha do casal, explicou à agência Lusa que os pais, que tinham previsto sair do país às 24h00 locais, vão para o aeroporto "várias horas antes", para poder evitar o recolher obrigatório decretado e que deverá começar às 18h00.

"Só têm voo à meia-noite de hoje, mas vão ver se conseguem partir para lá já e não ficarem em terra. O nosso hotel em Negombo informou-nos que o recolher obrigatório é a partir das 18h00 até as seis da manhã de amanhã [segunda-feira] e ninguém está autorizado a circular no Sri Lanka", afirmou.

"Isto é desolador", contou a portuguesa que está com a família num hotel a cerca de um quilometro a norte da igreja de São Sebastião, em Negombo, uma das igrejas onde ocorreu uma explosão.

Os atentados provocaram, pelo menos, 207 mortos, entre os quais um português, que se encontrava num dos hotéis atingidos. Há centenas de feridos. As agências falam em mais de 500.

Pelas 8h45 (3h45 em Lisboa), seis explosões simultâneas abalaram a cidade de Colombo e foram depois seguidas por mais duas, não ao mesmo tempo mas com pouco tempo de intervalo. Quatro das explosões ocorreram em três hotéis de luxo e três em igrejas.

Após a oitava explosão, o Governo do Sri Lanka decretou o recolher obrigatório e bloqueou o acesso a redes sociais.

“Estamos sem acesso a Facebook, Messenger e WhatsApp”, confirma Ana Inácio, acrescentando que “as lojas em Colombo e restaurantes também tiveram instruções para fechar para evitar gente a passear na rua, e os turistas foram também aconselhados a regressar aos seus hotéis”.

A família almoçou hoje num restaurante católico "e os donos estavam inconformados".

"Uma das filhas, professora, começou a chorar à nossa frente e o pai, penso que era o pai, disse que foi tão difícil alcançarem a paz há 10 anos depois de tanta violência", contou.

Os atentados não foram ainda reivindicados.

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