06 mai, 2019 - 11:49 • Marta Grosso Beatriz Lopes,
Já não é sustentável ter aulas em contentores e funcionar em apenas um terço do espaço escolar. Foi este o principal motivo que levou pais e alunos a concentrarem-se, nesta segunda-feira, em frente à Escola Secundária João de Barros, em Corroios.
As obras de requalificação estão novamente paradas, o que tem vindo a repetir-se desde 2012.
"É uma situação insustentável, até terceiro-mundista estar há 10 anos para fazer uma requalificação de uma escola”, diz o presidente da associação de pais, José Lourenço.
À Renascença, explica que o que está na origem da demora: “estamos a assistir a uma contenda entre a Parque Escolar e o empreiteiro – o empreiteiro que não cumpre a sua parte, a Parque Escolar que entende, e muito bem, que não deve pagar aquilo que o empreiteiro quer e conceder mais 14 meses de prorrogação de prazo”.
Segundo José Lourenço, as obras deveriam ter sido feitas em três fases, durante 18 meses. “Ao fim de 20 meses, não se chegou a meio da primeira fase”, contesta.
No início de abril, o empreiteiro exigiu o pagamento de 45% do valor total da obra no prazo de 15 dias para continuar os trabalhos. A ameaça não teve resposta da Parque Escolar e o responsável da obra decidiu suspender tudo e retirar todo o material do local.
Por isso, esta manhã, perto de 200 pessoas, entre pais, alunos e professores, concentraram-se junto à escola. Nas mãos, uma faixa branca com a mensagem: “para os bancos vão milhões, para a João de Barros vão tostões”.