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Soflusa. Governo não vê motivos para manter a greve

23 mai, 2019 - 10:48 • Redação

Sindicato e tutela reuniram-se na quarta-feira e chegaram a acordo em três assuntos, entre os quais a contratação de pessoal, o principal motivo da greve desta quinta e sexta-feira. Comissão de utentes não está convencida.

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O Ministério do Ambiente afirmou à Renascença, nesta quinta-feira de manhã, que acordou com a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans) a contratação de 10 novos mestres para Soflusa – mais do que os seis pedidos pelos sindicatos.

O Governo considera, por isso, que deixou de haver motivos para a paralisação dos mestres, convocada para esta quinta e sexta-feira.

Na quarta-feira, depois de uma reunião entre os sindicatos e o secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade, José Mendes, a Fectrans anunciou que as negociações na empresa iam ser reabertas.

Na reunião, foram abordadas as matérias laborais transversais à empresa e chegou-se a acordo em três matérias: regulamento de carreiras, negociações salariais e contratação de pessoal.

Mais dez mestres foi o compromisso do Governo, mas não convence a comissão de utentes dos serviços públicos do Barreiro, que faz outras contas.

José Encarnação, desta comissão resume assim a promessa: “a passagem de quatro marinheiros a mestres dos quadros internos que já tinham habilitação própria e a abertura de um concurso para mais seis marinheiros, que ainda há-de ser aberto”.

“Ou seja, já havia falta de marinheiros. Tiram quatro marinheiros para ir para mestres. Resolvem o problema dos mestres e ficam a faltar marinheiros. E vão admitir seis para marinheiros. Como vão substituir os quatro que subiram a mestres só entram dois. É a velha questão”, conclui, em declarações à Renascença.

Esta quinta-feira de manhã, foram muitas as pessoas que se concentraram na estação fluvial do Barreiro à espera da primeira ligação para Lisboa. Chegou como previsto às 9h30, tendo partido três barcos (ao invés de apenas um) para conseguir acomodar toda a gente.

A Soflusa confirmou, entretanto, a adesão de 100% dos mestres da empresa à greve pela contratação de mais profissionais, o que levou à supressão de 40 ligações fluviais entre o Barreiro e Lisboa. Numa resposta enviada à Lusa, a empresa avançou que todos os mestres (21 trabalhadores) aderiram à paralisação parcial.

A greve dos mestres é de três horas por turno, afetando sobretudo as primeiras horas da manhã e as últimas da tarde – ou seja, a hora de ponta.

Na sua página na internet, a Soflusa informa que, nestes dois dias, o transporte a partir do Barreiro será apenas assegurado entre as 00h05 e a 1h30, às 5h05, entre as 9h30 e as 17h45 e das 22h00 às 23h30.

[notícia atualizada às 14h12]

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