23 mai, 2019 - 08:30 • Lusa com Redação
Uma equipa de médicos e investigadores provou que o 'bypass metabólico' é “mais eficaz” no tratamento da diabetes e da obesidade. Esta técnica é distinguida, esta quinta-feira, pela Secção Regional Norte da Ordem dos Médicos (SRNOM) com o ‘Prémio Banco Carregosa/SRNOM’.
“Esta investigação parte do desenvolvimento de uma técnica cirúrgica para a obesidade, que demonstrou ser mais eficaz do que as outras técnicas no tratamento da diabetes”, afirmou Mariana Monteiro, vencedora da 3.ª edição do ‘Prémio Banco Carregosa/SRNOM’.
Em declarações à Lusa, a endocrinologista explicou que a nova técnica, intitulada ‘bypass gástrico metabólico’ e desenvolvida pelo cirurgião Mário Nora (membro da equipa) é “significativamente diferente” ao bypass tradicional porque “coloca as células que produzem hormonas antidiabéticas numa posição estratégica”.
“A cirurgia modifica a anatomia das células produtoras de hormonas antidiabéticas no intestino, potencia a sua libertação para a corrente sanguínea e aumenta a probabilidade de remissão clínica da diabetes”, esclareceu.
Segundo Mariana Monteiro, a equipa analisou 114 doentes do Hospital de São Sebastião do Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga (CHEDV) que tinham sido submetidos à nova técnica há cinco anos e concluiu que “a taxa de remissão da diabetes é de 70%” quando comparada com a taxa associada ao bypass tradicional, assim como a probabilidade da recaída da doença é quase “30% menor”.
“Eu vejo os doentes antes da cirurgia e depois da cirurgia. Os resultados são completamente diferentes se um doente fizer uma cirurgia ou fizer outra”, apontou a endocrinologista.
A investigação, desenvolvida “há quase uma década”, envolveu membros do CHEDV e da Unidade Multidisciplinar de Investigação Biomédica (UMIB) do Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar (ICBAS).
“Neste momento temos dados suficientes em mãos que nos permitem afirmar que se fizermos este procedimento nos doentes obesos e diabéticos vamos ter um melhor resultado em termos de tratamento da doença”, concluiu.
Além do projeto de Mariana Moreira, distinguido no valor de 20 mil euros, o ‘Prémio Banco Carregosa/SRNOM’ vai também atribuir duas menções honrosas e um prémio no valor de cinco mil euros ao trabalho ‘Human blood follicular T cells for stratification of autoimunie patients’ do investigador Luís Graça do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (iMM) e à investigação ‘Myasthenia gravis – Epidemiology on the north of Portugal, clinical, serological and study of the thymus’ da especialista em neurologia Ernestina Santos.
Uma equipa de médicos e investigadores provou que o 'bypass metabólico' é “mais eficaz” no tratamento da diabetes e da obesidade. Esta técnica é distinguida, esta quinta-feira, pela Secção Regional Norte da Ordem dos Médicos (SRNOM) com o ‘Prémio Banco Carregosa/SRNOM’.
“Esta investigação parte do desenvolvimento de uma técnica cirúrgica para a obesidade, que demonstrou ser mais eficaz do que as outras técnicas no tratamento da diabetes”, afirmou Mariana Monteiro, vencedora da 3.ª edição do ‘Prémio Banco Carregosa/SRNOM’.
Em declarações à Lusa, a endocrinologista explicou que a nova técnica, intitulada ‘bypass gástrico metabólico’ e desenvolvida pelo cirurgião Mário Nora (membro da equipa) é “significativamente diferente” ao bypass tradicional porque “coloca as células que produzem hormonas antidiabéticas numa posição estratégica”.
“A cirurgia modifica a anatomia das células produtoras de hormonas antidiabéticas no intestino, potencia a sua libertação para a corrente sanguínea e aumenta a probabilidade de remissão clínica da diabetes”, esclareceu.
Segundo Mariana Monteiro, a equipa analisou 114 doentes do Hospital de São Sebastião do Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga (CHEDV) que tinham sido submetidos à nova técnica há cinco anos e concluiu que “a taxa de remissão da diabetes é de 70%” quando comparada com a taxa associada ao bypass tradicional, assim como a probabilidade da recaída da doença é quase “30% menor”.
“Eu vejo os doentes antes da cirurgia e depois da cirurgia. Os resultados são completamente diferentes se um doente fizer uma cirurgia ou fizer outra”, apontou a endocrinologista.
A investigação, desenvolvida “há quase uma década”, envolveu membros do CHEDV e da Unidade Multidisciplinar de Investigação Biomédica (UMIB) do Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar (ICBAS).
“Neste momento temos dados suficientes em mãos que nos permitem afirmar que se fizermos este procedimento nos doentes obesos e diabéticos vamos ter um melhor resultado em termos de tratamento da doença”, concluiu.
Além do projeto de Mariana Moreira, distinguido no valor de 20 mil euros, o ‘Prémio Banco Carregosa/SRNOM’ vai também atribuir duas menções honrosas e um prémio no valor de cinco mil euros ao trabalho ‘Human blood follicular T cells for stratification of autoimunie patients’ do investigador Luís Graça do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (iMM) e à investigação ‘Myasthenia gravis – Epidemiology on the north of Portugal, clinical, serological and study of the thymus’ da especialista em neurologia Ernestina Santos.