26 mai, 2019 - 10:25 • Lusa com Redação
Os recursos naturais da Terra chegavam hoje ao fim se todas as pessoas do planeta consumissem como os portugueses, segundo um relatório internacional no qual Portugal aparece menos gastador do que a média europeia.
Segundo o relatório, da responsabilidade das organizações ambientalistas internacionais World Wildlife Fund (WWF, Fundo Mundial para a Natureza) e Global Footprint Network, o dia 10 de maio foi a data em que os Europeus viram esgotado o seu orçamento natural anual, se todos consumissem como a média europeia.
Portugal, onde se consome em menos de meio ano o que era suposto dar para todo o ano, não é ainda assim tão gastador como o Luxemburgo, que gastou os recursos todos logo a 16 de fevereiro.
Com base nos padrões de consumo os dados indicam que na União Europeia a Roménia, a Hungria e a Bulgária são os que esgotam os seus recursos mais tarde, ainda que seja já em junho.
Na União Europeia a Estónia e a Dinamarca já esgotaram os recursos em março passado, em abril foram mais uma dezena de países e ao longo deste mês uma dúzia foram “esgotando” os recursos da Terra. A Alemanha logo no dia 03, a França no dia 13, e a Espanha esgota os seus na próxima terça-feira.
No mundo há, no entanto, países muito mais poupados. Se todos vivessem como em Cuba os recursos dariam até 01 de dezembro, em Marrocos dariam até dia 16 de dezembro, e no Nigéria apenas se esgotariam a 25 de dezembro. Já se o planeta fosse todo norte-americano os recursos tinham-se esgotado no dia 15 de março.
As duas organizações lembram que a sociedade mundial subsiste do que a natureza dá, dos alimentos aos medicamentos, das roupas aos materiais de construção, e explicam que se todos tivessem o mesmo estilo de vida dos europeus a humanidade gastava agora todos os recursos que a Terra pode renovar em cada ano.
Tal significa que eram precisos 2,8 planetas para sustentar a procura de recursos naturais que esse estilo de vida exige. E lembram as organizações que no ano passado os recursos só foram esgotados a 01 de agosto, pelo que os europeus estão a acelerar o consumo.