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Operação Marquês. Ricardo Salgado volta a ser ouvido a 8 de julho

04 jun, 2019 - 15:25 • Redação

Ivo Rosa será o juiz responsável pelo interrogatório. Ex-administrador do BES está acusado de 21 crimes.

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Ricardo Salgado, ex-administrador do Banco Espírito Santo (BES), vai ser ouvido em tribunal no âmbito da Operação Marquês.

Uma vez que Ricardo Salgado não pediu a abertura de instrução do processo - alegando estar impedido de se defender, por falta de segurança dos ficheiros das escutas e também pela elevada probabilidade do juiz Carlos Alexandre dirigir esta fase processual, o que não viria a acontecer - não estava previsto que fosse ouvido agora. Mas o facto de ter sido referenciado em vários depoimentos levou o magistrado Ivo Rosa a querer interrogá-lo novamente.

No requerimento dirigido ao Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) o ano passado, o ex-presidente do BES considerou que se verificava "um justo impedimento para o exercício do direito de defesa, na vertente de requerer a abertura de instrução, na medida em que a sua defesa está impossibilitada em aceder em condições de segurança aos ficheiros das escutas telefónicas que lhe foram disponibilizados pelo próprio Ministério Público (MP)".

O ex-banqueiro reitera que "não praticou qualquer crime" e que nas 4.083 páginas da acusação da Operação Marquês só existem "suposições atrás de suposições e presunções sobre presunções".

Considerando também as limitações de recurso dos arguidos na fase de instrução, o arguido disse "não pretender sujeitar-se ao risco de se submeter a este cenário".

Em janeiro, no final da primeira sessão da fase de instrução, o advogado de Ricardo Salgado referiu aos jornalistas que havia "documentos jurídicos muito válidos de outros arguido que podem valer para todos". Na ocasião, questionado sobre o estado de espírito do ex-banqueiro, o seu advogado disse que "desde 2014, altura da queda do BES, o seu estado de espírito é de lutar pela sua convicção, pela sua inocência porque quiseram logo condená-lo".

Ricardo Salgado é acusado pelo Ministério Público de 21 crimes, entre corrupção ativa, corrupção ativa de titular de cargo político, branqueamento de capitais, abuso de confiança, falsificação de documento e fraude fiscal qualificada.

A Operação Marquês tem como principal arguido o ex-primeiro-ministro José Sócrates, o qual está acusado de 31 crimes de corrupção passiva, falsificação de documentos, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.
O inquérito da Operação Marquês, que começou há mais de cinco anos, culminou na acusação a 28 arguidos - 19 pessoas e nove empresas - e está relacionado com a prática de quase duas centenas de crimes económico-financeiros.
Os arguidos Henrique Granadeiro, Zeinal Bava, Bárbara Vara, Joaquim Barroca, Helder Bataglia, Rui Mão de Ferro e Gonçalo Ferreira, empresas do grupo Lena (Lena SGPS, LEC SGPS e LEC SA) e a sociedade Vale do Lobo Resort Turísticos de Luxo pediram a abertura de instrução.

[Notícia atualizada às 16h51]


Comentários
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  • fanã
    04 jun, 2019 aveiro 20:02
    ULTIMA HORA :::::::::::::::"Estamos em 2030"........... R.Salgado e J.Socrates , chegam ao TIC , com apoio das suas bengalas , vão de novo der ouvidos no caso Marquês !!!!!!!!!!!

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