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17 de junho

Dia Nacional em Memória das Vítimas dos Incêndios é "símbolo forte de respeito"

05 jun, 2019 - 13:40 • Agência Lusa

Presidente da Assembleia da República quer consagrar o dia 17 de junho como Dia Nacional em Memória das Vítimas dos Incêndios Florestais. Iniciativa deverá ser votada na sexta-feira.

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A Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande considerou esta quarta-feira que consagrar o dia 17 de junho como Dia Nacional em Memória das Vítimas dos Incêndios é simbólico, mas uma medida forte e de respeito.

“Um dia nacional é simbólico, mas um símbolo forte e de memória e respeito. De empenhamento nacional para que não volte a acontecer tamanha tragédia. Que o sacrifício de uns seja suficiente, para que o país desperte e avance”, afirma a associação liderada por Nadia Piazza, numa publicação na sua página na rede social Facebook.

Na terça-feira, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, enviou aos líderes parlamentares um projeto de resolução para consagrar 17 de junho como Dia Nacional em Memória das Vítimas dos Incêndios Florestais, iniciativa que deverá ser votada na próxima sexta-feira.

No texto enviado aos líderes parlamentares, Ferro Rodrigues, que é o primeiro subscritor do projeto de resolução, lembra que “o dia 17 de junho de 2017 ficará na história como o dia em que deflagrou aquele que foi o incêndio florestal mais mortífero de sempre em Portugal, lavrando por mais de uma semana no território dos concelhos de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Ansião, Alvaiázere, Figueiró dos Vinhos, Arganil, Góis, Penela, Pampilhosa da Serra, Oleiros e Sertã”.

“A Assembleia da República, órgão de soberania representativo de todas e de todos os portugueses, foi sensível à inquietação provocada por uma tragédia com esta dimensão, tão brutal e tão cruel”, lê-se no texto.

A iniciativa recorda também “o elevado número de feridos e expressivos danos patrimoniais”, salientando as cerca de cinco centenas de habitações, um terço das quais primeira habitação, e meia centena de unidades industriais de diversos setores, “além das avultadas perdas em equipamentos e infraestruturas diversas”.

O texto refere ainda que compete agora ao parlamento “criar condições para homenagear as vítimas mortais deste grande incêndio, evocando a sua memória”.

Eduardo Ferro Rodrigues considera “justo o apelo da Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande para que o dia 17 de junho seja consagrado à memória de quem perdeu a vida em incêndios florestais”.

Em nota enviada à Lusa, o presidente da Assembleia da República indica ainda que a iniciativa visa “evocar os homens, as mulheres e as crianças que perderam a vida em 2017”, mas igualmente todos quantos “sucumbiram ao flagelo dos incêndios florestais em Portugal”.

Ferro Rodrigues conclui que a iniciativa se destina também a “lembrar que uma tragédia como aquela que se verificou em 2017 não mais se poderá repetir”.

Na nota publicada no Facebook, a Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande “agradece ao presidente da Assembleia da República as suas palavras, a toda a Assembleia da República e aos grupos parlamentares, em particular”.

Em 2017, morreram em Portugal mais de uma centena de pessoas devido aos incêndios rurais, a maior parte das quais no fogo de Pedrógão Grande (que deflagrou em 17 de junho e fez 66 vítimas mortais) e nos fogos de outubros da região Centro (50 mortes).

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