13 jun, 2019 - 13:39 • Manuela Pires, com Rui Barros
O Governo aprovou esta quinta-feira o acordo de compra do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP). O Estado chega assim a acordo com as empresas privadas que detinham parte da empresa.
O decreto-lei, aprovado este domingo em Conselho de Ministros, “transfere integralmente para a esfera pública” as funções relacionadas com “a gestão, operação, manutenção, modernização e ampliação da rede SIRESP, e também a estrutura empresarial.
A transferência será feita em 1 de dezembro de 2019 e o Estado vai pagar sete milhões de euros, que corresponde a 33.500 ações, afirmou, no final da reunião, o secretário de Estado do Tesouro, Álvaro Novo.
"O montante envolvido corresponde a cerca de sete milhões de euros. Um valor que foi determinado com base naquilo que era a situação líquida da empresa em dezembro de 2018 e que corresponde às contas devidamente auditadas e aprovadas em assembleia-geral de acionistas e ao qual se aplica depois um desconto de 10%", explicou Álvaro Novo.
O SIRESP era, até agora, detido em 52,1% pela Altice Portugal, 33% pela Parvalorem, em representação do Estado Português, e 14,9% pela Motorola.
Privados manifestam "satisfação"
Jaime Marta Soares pede responsabilidade
Também o presidente da Liga de Bombeiros comentou esta decisão. Em declarações à Renascença, Jaime Marta Soares entende ser uma "boa solução", mas lembra que é preciso que o Estado seja "um bom gestor".
"É uma boa notícia porque assim passamos a saber quem é o interlocutor a quem podemos pedir responsabilidades perante uma ferramenta que é tão importante para o socorro e para a resposta veiculada pelos vários actores no terreno", lembra Jaime Marta Soares.