13 jun, 2019 - 08:11 • Lusa
O serviço de sangue do IPO de Lisboa tem novas instalações para receber os cerca de quatro mil dadores anuais, mas precisa de aumentar o número de dadores.
O apelo surge na véspera do Dia Mundial do Dador de Sangue, que sexta-feira se assinala, e é feito pela médica Dialina Brilhante, diretora do serviço de imuno-hemoterapia, que funciona numa unidade renovada na sede do Instituto Português de Oncologia de Lisboa, uma obra que implicou um investimento de 750 mil euros.
No novo espaço concentram-se todas as valências do serviço - banco de sangue, laboratório de hospital de dia de transfusão e unidade de dadores.
O IPO quer continuar a contar com os seus dadores regulares, mas apela a novos dadores, sobretudo os mais jovens, para a doação, que é um “gesto de generosidade e solidariedade que permite salvar uma ou mais vidas”.
“Precisamos de novos dadores. O número de dadores anda entre os quatro a cinco mil, o que dá cerca de 20 e tal dadores por dia. Mas precisamos de mais gente”, afirmou à agência Lusa Dialina Brilhante.
Apesar de contar com sangue que é enviado pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação, o IPO entende que todos devem contribuir para “o esforço adicional de garantir que o número de colheitas é sempre adequado às necessidades”.
A médica recorda que o programa de colheitas é muito importante no IPO de Lisboa, que dele necessita para vários tratamentos, e também porque é uma unidade onde existem doentes adultos e crianças, sendo que a idade pediátrica requer “alguns requisitos especiais”.
A doação de um adulto, por exemplo, pode ser fracionada em duas ou três, permitindo que seja enviada para a criança sempre produtos do mesmo dador.
O número total de dadores inscritos no ano passado no IPO de Lisboa foi superior a 4.500, sendo que 1.150 são novos dadores, mas o instituto tem como objetivo ultrapassar as 20 doações por dia.
“Temos a população de dadores a envelhecer, como a restante [população] e temos de renovar em termos de idade”, frisa Dialina Brilhante.
A médica garante que o processo é “muito simples” e que pode doar sangue qualquer pessoa com mais de 18 anos que considere ter uma vida saudável, sendo submetida a “um breve questionário” antes da dádiva.
A disponibilidade é também um requisito: uma colheita de sangue pode levar entre 45 minutos e uma hora, enquanto que a doação de plaquetas requer entre uma hora e meia a duas horas.