20 jun, 2019 - 12:32 • Redação com Lusa
O presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) garantiu esta quinta-feira que a decisão de encerrar rotativamente as urgências de obstetrícia de quatro hospitais de Lisboa ainda não está fechada.
"É preciso perceber se se consegue fazer essas escalas de forma harmoniosa que não haja quebras. Temos de organizar os nossos recursos para ter uma resposta que tranquilize as pessoas", diz à Renascença Luis Písco.
Nestas declarações, o responsável estima que até ao fim do mês deve ser tomada a decisão. "O nosso desejo é que durante o mês de julho a solução que encontrássemos esativesse já no terreno", acrescenta.
Segundo noticia esta quinta-feira o jornal Público, as urgências de obstetrícia de quatro dos maiores hospitais de Lisboa vão estar fechadas durante o verão, fechando rotativamente uma de cada vez, devido à falta de especialistas.
De acordo com o Público, "a partir da última semana de julho e até ao final de setembro" as urgências de obstetrícia da Maternidade Alfredo da Costa, Hospital de Santa Maria, São Francisco de Xavier e Amadora-Sintra vão estar "fechadas num esquema de rotatividade".
"O hospital que a gente diz como fechado, entre aspas, vai continuar a dar resposta à sua atividade programada. As senhoras vão continuar a ter lá os seus bebés em segurança e mesmo se houvesse uma urgência de uma pessoa que não viesse pelo CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes) ou pelo INEM, teria a sua criança. Posso garantir que não vai haver gravidas de ambulância de hospitais para hospitais na região de Lisboa", assegurou Luís Pisco.
Este responsável diz também que as pessoas "têm a noção de que no verão as situações em que já existem algumas dificuldades de acertar escalas aumentam", nomeadamente por causa das férias.
"Aqui é uma tentativa de acertar antes que haja problemas. Estamos a trabalhar com os quatro grandes hospitais, que são de fim de linha, mas que não respondem só à região de Lisboa e Vale do Tejo mas também às situações mais graves de Alentejo e Algarve", disse, frisando que se trata de "assegurar o melhor serviço possível".