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Bastonário dos médicos. “Se a ministra continuar a colocar as Finanças à frente das grávidas vamos ter um problema sério”

01 jul, 2019 - 20:22 • Pedro Mesquita , com redação

Em declarações à Renascença, Miguel Guimarães, alerta que Marta Temido poderá vir a enfrentar um nível de contestação semelhante ao que viveu o antigo ministro Correia de Campos, quando decidiu encerrar serviços de atendimento permanente e blocos de parto.

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O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, alerta que a ministra da Saúde, Marta Temido, poderá vir a enfrentar um nível de contestação semelhante ao que viveu Correia de Campos, quando decidiu encerrar serviços de atendimento permanente e blocos de parto.

Em declarações à Renascença, Miguel Guimarães reconhece que as situações são diferentes, mas aconselha a ministra a ter o bom senso de dar prioridade às grávidas.

“A Ordem dos Médicos não vai desistir de defender as grávidas e os recém-nascidos. Se a nossa ministra da Saúde continuar a colocar em primeiro lugar o Ministério das Finanças em vez de colocar em primeiro lugar as grávidas, vamos ter um problema sério”, declarou.

Questionado se a ministra pode enfrentar uma vaga de contestação semelhante à que Correia de Campos sofreu quando decidiu encerrar maternidades, o bastonário admitiu que sim.

“Pode vir a ter alguma semelhança nesta perspetiva: se a nossa ministra não tiver bom senso e não fizer aquilo que é mais correto para as grávidas portuguesas”, sublinhou.

O bastonário da Ordem dos Médicos deixou o alerta, em declarações à Renascença, a poucas horas de reunir com os diretores dos serviços de obstetrícia, ginecologia e coordenadores de neonatologia das maternidades do norte e centro do país.

O objetivo do encontro é conhecer as dificuldades que estão a ser sentidas no terreno.

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