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Ordem dos Nutricionistas quer levantamento dos serviços de nutrição no SNS

08 jul, 2019 - 10:23 • Lusa

A Ordem dos Nutricionistas quer avaliar a medida de criar serviços de nutrição em todas as instituições de saúde anunciada há um ano pelo Governo.

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A Ordem dos Nutricionistas quer fazer um levantamento da criação de serviços de nutrição em todas as instituições de saúde, definida há um ano pelo Governo e diz que o rácio destes profissionais no SNS continua a ser muito curto.

Em declarações à agência Lusa a propósito da publicação, há um ano, de um diploma que definia a criação de serviços de nutrição em todas as instituições de saúde, a bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, diz que a Ordem quer fazer um levantamento, em conjunto com os profissionais que estão à frente destes serviços, para avaliar e, eventualmente, melhorar.

“Não temos dúvidas de que a criação de um serviço de nutrição em cada instituição do Serviço Nacional de Saúde (SNS) é uma mais valia para a saúde da população. Há ganhos em saúde efetivos com a otimização da alimentação e da nutrição para os utentes”, afirma Alexandra Bento, frisando que a Ordem quer, no entanto, “ir mais além”.

“Queremos ver o que temos no terreno, quais são as práticas e também desencadear processos de melhoria continua”, defende.

A responsável diz não ter dúvidas de que o modelo criado “permite rentabilizar e otimizar recursos, centralizando todos os nutricionistas (…), uniformizando procedimentos e boas práticas”, defende Alexandra Bento, lembrando que “os ganhos em saúde estão nos serviços que funcionam com eficácia”.

“Só com mais nutricionistas no SNS se aumenta a eficácia”, sublinha a bastonária, para quem o rácio destes profissionais continua a ser muito curto.

“Este rácio complica a saúde de quem precisa dos serviços de um nutricionista” diz Alexandra Bento, recordando que, para a Ordem, o rácio ótimo seria de um profissional para cada 20.000 utentes, o que implicaria ter cerca de 500 nutricionistas nos cuidados de saúde primários, quando atualmente há pouco mais de 100.

“É muito insuficiente. E nos cuidados hospitalares deveríamos ter um para cada 50 camas e estamos muito longe destes números. Assim é difícil garantir a otimização da alimentação e nutrição nos utentes do SNS”, acrescentou.

Para debater e analisar a criação e o funcionamento destes serviços, a Ordem dos Nutricionistas promove hoje no Porto o seminário “Serviços de nutrição nos serviços de saúde”.

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