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Selo de Excelência

DGS vai dar boa nota às universidades que promovam uma alimentação saudável

15 jul, 2019 - 11:52 • Anabela Góis , com Rui Barros

Apenas 3% das máquinas de venda automática das instituições de ensino superior disponibilizam aos estudantes fruta fresca. Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável quer recompensar as instituições que promovem uma boa alimentação com um selo.

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A diretora do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) da Direção-Geral da Saúde (DGS), Maria João Gregório, anunciou esta segunda-feira que o programa que coordena vai passar a atribuir um selo de excelência às instituições de ensino superior que promovam uma alimentação saudável nos seus recintos.

“O que vamos fazer hoje é lançar um selo de excelência da alimentação saudável no ensino superior. Com este selo pretendemos incentivar as instituições de ensino superior a implementar uma estratégia para promover a alimentação saudável”, anunciou em declarações à Renascença.

A decisão de atribuir este selo de excelência às universidades e institutos politécnicos que promovam hábitos de alimentação saudáveis vem na linha do que estava já definido no relatório que analisou a progressão da Estratégia Integrada Para a Alimentação Saudável (EIPAS) no segundo semestre de 2018. Neste relatório, os estudantes universitários são apontados como um grupo com especial propensão a adquirir maus hábitos de alimentação por este ser “um período crítico com impacto nos hábitos alimentares dos indivíduos”.

De acordo com um estudo, realizado pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco), em parceria com a Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, apenas 3% das máquinas de venda automática das instituições de ensino superior disponibilizam aos estudantes fruta fresca.

Esta decisão de atribuir um selo de qualidade à oferta alimentar acontece no mesmo dia em que o relatório de 2019 do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) é apresentado. De acordo com a agência Lusa, entre as propostas deste relatório conta uma revisão da roda dos alimentos até 2020.

Portugueses continuam a beber bebidas com açúcar “em quantidades significativas”

De acordo com os dados do mesmo relatório, cada português consumiu no ano passado 60 litros de refrigerantes, o que equivale a 3,3 quilogramas de açúcar, um valor menor do que no ano anterior, quando começou a ser aplicado o imposto sobre estas bebidas.

Uma descida que é vista com bons olhos pela diretora do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS), que entende que os resultados mostram que o imposto sobre as bebidas com açúcar teve efeitos benéficos.

“O que estes resultados nos mostram é que este imposto teve resultados positivos. Acabou por incentivar a reformulação dos produtos – isto é algo que é notório e que se traduziu numa redução considerável na quantidade de açúcar nestas bebidas. E os dados da autoridade tributária também sugerem uma diminuição no consumo destas bebidas : uma diminuição de cerca de 20%”, disse à Renascença.

Uma descida que é vista com bons olhos, mas que não chega. Maria João Gregório considera que os portugueses ainda bebem estas bebidas “em quantidades significativas”.

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