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Incêndios. Autarca de Mação desvaloriza falta de plano de emergência municipal

23 jul, 2019 - 18:08 • Ana Catarina André

O presidente da Câmara de Mação, Vasco Estrela, diz que "não é por falta do plano de emergência que as pessoas não foram acolhidas”. O documento acabou por ser aprovado no dia em que o incêndio foi dominado.

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Mação não tinha um plano de emergência municipal aprovado aquando do incêndio que deflagrou no sábado. À Renascença, o presidente da Câmara, Vasco Estrela, diz que se trata de um “formalismo” que “não tem grande relevância no combate ao incêndio” e "no apoio à população".

“Não é por falta do plano de emergência que as pessoas não foram acolhidas”, que “houve falta de alimentação” ou que “a rede social do município, a Cruz Vermelha e o INEM não funcionaram”, acrescenta o autarca.

O plano de emergência municipal, documento composto por 134 páginas, entrou na fase de consulta pública a 20 de dezembro, do ano passado, num período que se prolongou por 30 dias e, só esta terça-feira, mais de seis meses depois foi aprovado pela Autoridade Nacional de Proteção Civil.

“Há pessoas que gostam muito de documentos para se agarrar a essas coisinhas, leem tanto que fazem pouco. Aqui temos trabalhado de outra maneira e felizmente os resultados têm sido positivos, não na questão do combate, mas no apoio às pessoas”, afirmou o presidente da câmara.

“Tal como em 2017, onde arderam 28 mil hectares, o plano não estava devidamente aprovado”, sublinhou Vasco Estrela em declarações à Renascença.

“O plano municipal de emergência serve para delimitar e estabelecer as regras de evacuação de pessoas, de disponibilização de espaços, de apoio psicológico”, explicou. “Não é esse plano que vai ajudar a combater incêndio nenhum, nem sequer a resolver nenhum problema fundamental para as pessoas. Ajuda-nos efetivamente a que cada entidade saiba o que deverá fazer em caso de catástrofe.”

Esta terça, 23 de julho, a Comissão Nacional de Proteção Civil emitiu um comunicado sobre a “aprovação dos últimos Planos Municipais de Emergência de Proteção Civil submetidos à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil”. Pouco depois, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, garantia que o plano de Mação estava incluído nesse leque.

O incêndio começou no sábado, dia 20, em Vila de Rei e alastrou a Mação, prolongando-se durante mais de três dias. A área ardida de 69 quilómetros quadrados é equivalente a quase duas vezes a cidade do Porto.

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