24 jul, 2019 - 17:16 • Redação
Terminou esta quarta-feira sem acordo a reunião entre a ANTRAM e o sindicato dos motoristas de matérias perigosas.
A reunião entre patrões e sindicatos terminou sem qualquer acordo e com posições marcadamente divergentes. Os sindicatos tinham proposto 25% de serviços mínimos. A ANTRAM sugeria 70%.
À saída da reunião, esta quarta-feira à tarde, o porta-voz da ANTRAM queixou-se da postura “muito arrogante” e de “vitimização” dos motoristas, dizendo que estes não mostraram “nenhuma abertura” ao diálogo.
As duas partes continuam assim sem se entenderem, mantendo-se por isso a ameaça de greve a partir de 12 de agosto. Os motoristas dizem que essa será mais grave que a anterior, podendo mesmo paralisar o país.
No seguimento de anteriores conversações, a ANTRAM aceita um aumento de 300 euros para 2020, mas não se compromete com novas atualizações nos anos seguintes.
Os representantes dos motoristas pretendem um acordo para aumentos graduais no salário-base até 2022: 700 euros em janeiro de 2020, 800 euros em janeiro de 2021 e 900 euros em janeiro de 2022.
Com os prémios suplementares, que estão indexados ao salário-base, daria 1.400 euros em janeiro de 2020, 1.550 euros em janeiro de 2021 e 1.715 euros em janeiro de 2022.
Os sindicatos Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) acusam a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) de já ter aceite este acordo e de agora estar a voltar atrás na decisão, o que a ANTRAM desmente.