25 jul, 2019 - 14:05 • Paula Caeiro Varela , Celso Paiva Sol
A ministra da Presidência diz que o Conselho de Ministros não tratou do plano de emergência do Governo perante a ameaça de greve dos motoristas de matérias perigosas.
Mariana Vieira da Silva recusa também comentar as declarações do ministro dos Transportes, Pedro Nuno Santos, que ontem disse que o melhor era cada um abastecer-se como pode.
“Esse tema não foi discutido no Conselho de Ministros. Está, no entanto, a ser tratado pelo conjunto de ministros envolvidos nesse tema, tal como aconteceu na altura da outra greve. As garantias de que o Governo está empenhado em que tudo correrá bem, todas as necessidades serão garantidas, são as que já foram dadas”, explicou a ministra da Presidência.
"Negociações continuam a decorrer a bom ritmo"
Fora da ameaça de greve dos motoristas agendada para 12 de Agosto, a FETRANS - Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações, prosseguiu esta quinta-feira as negociações com o patronato representado pela ANTRAM.
A reunião demorou três horas e no final o sindicalista Paulo Machado mostrou-se satisfeito com a forma como está a decorrer o processo.
“As negociações continuam a decorrer a bom ritmo, temos nova reunião marcada para o próximo dia 30 [de julho], às 14h30. Há efetivamente aproximação entre as partes e as negociações podemos dizer que continuam a decorrer sem problemas. Portanto, dentro do que é normal numa negociação”, referiu.
A FECTRANS fala em aproximação de posições e prefere não comentar a luta dos dois sindicatos que convocaram a greve.
“Obviamente nós não nos pronunciamos sobre os serviços mínimos, sobre processos de luta de uma ou outra organização sindical. O que nós estamos focados é efetivamente no nosso contrato coletivo de trabalho, na sua renegociação e na melhoria das condições de trabalho destes trabalhadores envolvidos”, concluiu Paulo Machado.
O próximo encontro negocial para a revisão do contrato coletivo de trabalho está, portanto, marcado para a próxima terça-feira, dia 30 de julho.