30 jul, 2019 - 14:45 • Redação
O secretário de Estado da Proteção Civil já tinha admitido há mais de um ano que a gola antifumo incluída nos polémicos kits antifogo, distribuídos ao abrigo dos programas "Aldeias Seguras" e "Pessoas Seguras", era inflamável.
No início de julho de 2018, José Artur Neves esteve no programa de Júlia Pinheiro para falar do kit antifogo e, quando questionado pela apresentadora sobre o material das golas, disse que era inflamável, pelo que deveria ser humedecido, recorda o “Observador” esta terça-feira.
Em contraponto, o jornal acrescenta que o guia de apoio que acompanha o kit recomenda a não se molhar a roupa, uma vez que a água é uma excelente condutora de calor, aumentando, dessa forma, o risco de queimaduras em cenário de incêndio.
Esta terça-feira, José Artur Neves disse que vai manter-se no cargo de secretário de Estado da Proteção Civil, apesar de já ter sido acusado de ter sido o principal responsável pela escolha das golas, que foram produzidas por uma empresa de turismo que pertence ao marido de uma autarca do PS e que custaram mais do dobro do preço de mercado.
Também acusado de ter usado do seu cargo para favorecer o filho, que celebrou pelo menos três contratos com o Estado depois de o pai ter assumido funções governativas, violando a lei da incompatibilidade, José Artur Neves defendeu ainda a sua idoneidade e a do seu filho.
"Não tive qualquer influência nem estabeleci qualquer contacto, nem o meu filho alguma vez invocou o seu grau de parentesco, de que pudesse resultar qualquer expectativa de favorecimento pessoal”, garantiu em comunicado enviado às redações.