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Sindicato confirma falta de médicos. Hospital de Loures está a receber grávidas de Lisboa e Cascais

05 ago, 2019 - 09:40 • Redação

Imprensa relata o caso de uma grávida que não pôde ser transferida do Hospital Amadora-Sintra por falta de anestesistas.

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“Não é possível tapar o sol com a peneira”. O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) reage à notícia da falta de médicos nas urgências de obstetrícia na Grande Lisboa.

As grávidas estão a ser encaminhadas para o Hospital de Loures. Em causa está a falta de especialistas nos hospitais de Santa Maria, São Francisco Xavier e Maternidade Alfredo da Costa.

O “Público” relata o caso de uma grávida que não pôde ser transferida do Amadora-Sintra por falta de anestesistas.

Uma situação que tem sido recorrente, diz o Sindicato Independente dos Médicos (SIM). Em declarações à Renascença, Roque da Cunha acusa o Governo de fazer de conta que os problemas não existem. “Quando a propaganda se confronta com a realidade dá isto. Não se espere que por não se dizer nada que o problema se resolva e não podemos ter o Ministério da Saúde a fingir que está de férias”, começa por criticar o sindicalista.

“Não queremos criar qualquer tipo de alarmismo, mas a verdade aquilo que acontece hoje não se vai esgotar no verão”, alerta este responsável, lembrando que a “rotatividade não resolve, porque havendo menos locais para nascerem as crianças, estando as equipas depauperadas …é impossível”.

O dirigente do SIM acusa os conselhos de administração de obrigar os médicos a trabalhar em condições que põem em perigo a segurança dos utentes. Roque da Cunha admite pedir a instauração de processos disciplinares.

Numa entrevista recente à Renascença, o presidente da ARS Lisboa e Vale do Tejo, Luís Pisco, garantiu que as urgências de obstetrícia da Grande Lisboa não iriam funcionar em sistema rotativo durante o verão.

Pouco depois, a ministra da Saúde assegurou também que não seria por falta de recursos humanos que as escalas das maternidades do país não seriam garantidas.

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