09 ago, 2019 - 07:10 • Redação
Parece haver uma nova polémica nas redes sociais. Uma mãe de Braga foi levantar os livros para o filho usar no próximo ano letivo, mas apesar de terem sido apagados, ainda têm sinais de correção que os professores fizeram a caneta.
Segundo o “Notícias ao Minuto”, a mãe em questão gravou um vídeo, onde diz que o Governo deveria tomar uma posição.
Paula Carqueja, presidente da Associação Nacional de Professores (ANP), lembrou que, "desde sempre" a ANP manifestou a sua discordância perante a adoção de manuais reutilizáveis.
Apesar de a associação reconhecer a importância da "sustentabilidade ambiental", a medida só deveria ser aplicada se fossem adotadas estratégias para evitar que se escrevesse - alunos e professores - nos manuais.
No final de junho, os encarregados de educação tiveram de entregar os manuais emprestados. Mas havia regras: se não estivessem em condições de serem reutilizados, os pais poderão ter de pagar o valor do livro. A avaliação do estado de conservação destes manuais foi feita pelas escolas.
Na Renascença, a secretária de Estado Adjunta e da Educação considerou na altura que “faz sentido” que as escolas estejam a pedir aos encarregados de educação dos alunos para apagarem aquilo que estiver escrito nos manuais escolares que vão devolver.
“Se cada pai o fizer em três, quatro manuais, no máximo, do primeiro e segundo anos do seu filho, isso é um trabalho razoavelmente simples e rápido, que poupa o trabalho de eventualmente a escola ter de o fazer a centenas ou milhares de manuais”, disse Alexandra Leitão.