18 ago, 2019 - 10:22 • Lusa
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A greve dos motoristas de matérias perigosas entra este domingo no sétimo dia, com as atenções voltadas para o plenário de trabalhadores que decorrerá à tarde para analisar e decidir a continuidade da paralisação.
O plenário começa às 16h00, em Aveiras de Cima (concelho da Azambuja, distrito de Lisboa) e segue-se ao acordo falhado durante o encontro mediado pelo Governo que durou cerca de 10 horas.
No sábado à tarde, a Associação das Empresas de Transportes de Mercadorias (Antram) disponibilizou-se para integrar um processo de mediação junto da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), afirmando ser convicção da "associação que um processo de mediação, realizado em clima de paz, poderá conduzir à solução do problema".
Na resposta, o porta-voz do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Pedro Pardal Henriques, disse ver com agrado a disponibilidade da associação, mas ressalvou ser necessário que a base de entendimento já debatida seja aceite.
O SNMMP divulgou mesmo um comunicado a apelar à Antram para aceitar a proposta de compromisso que o Governo articulou com a força sindical, abrindo "caminho para a paz duradoura".
No comunicado, o sindicato refere que o Governo deverá utilizar "as ferramentas que ainda tem ao seu dispor para chamar à razão a Antram", fazendo "chegar uma proposta que cumpra mínimos de dignidade, por forma a ser apresentada aos motoristas de matérias perigosas" no plenário desta tarde.
A greve começou na segunda-feira, 12 de agosto, por tempo indeterminado, para reivindicar junto da Antram o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.
Foi inicialmente convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas (SIMM), mas este último desconvocou o protesto na quinta-feira à noite, após um encontro com a Antram sob mediação do Governo.
No final do primeiro dia de greve, o Governo decretou uma requisição civil, parcial e gradual, alegando incumprimento dos serviços mínimos que tinha determinado.
No sábado ao final do dia, o Ministério do Ambiente e Transição Energética disse que a requisição civil foi cumprida e os serviços mínimos "superados", com o último balanço a demonstrar "uma crescente normalidade da situação".