23 ago, 2019 - 20:08
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Rui Rio “não leu” o despacho com orientações sobre alunos transgénero nas escolas e a Juventude Popular tem uma “política de desigualdade”, acusa o primeiro-ministro, António Costa.
Em declarações aos jornalistas durante uma visita à Fatacil, em Lagoa, António Costa reagiu à polémica em torno do despacho que permite aos alunos transexuais escolher nome e casa de banho.
“Se ouvirmos o que dizem a Associação dos Diretores de Escolas e a Confederação de Pais, apoiam completamente o despacho. De quem ouvimos as críticas? Temos visto críticas por parte da Juventude Popular, que tem uma ideologia da desigualdade, e depois o dr. Rui Rio, que não leu o despacho, porque se tivesse lido o despacho não dizia seguramente aquilo que disse, visto que o que ele diz que o despacho diz, não diz.”
O primeiro-ministro defende que as novas orientações dão resposta a “situações dramáticas” de discriminação de alunos transgénero nas escolas portuguesas.
“Nos últimos dias, temos visto muitas mães e pais a relatarem situações dramáticas que os seus próprios filhos viveram e experienciaram pelo facto de as escolas, por falta de orientação, de definição legal, não poderem atribuir diplomas a alunos que tendo se inscrito com um nome concluíram o curso com outro nome, porque entretanto tinham mudado de género”, disse António Costa.
O chefe do Governo desvaloriza uma petição a pedir a suspensão do despacho e considera que “aquilo que hoje acontece é uma situação de pacificação, de tranquilização, de respeito de cada um pelos outros e pela sua própria identidade”.