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Cerca de 700 pessoas manifestam-se em Lisboa pela defesa da Amazónia

26 ago, 2019 - 20:23 • Redação com Lusa

A manifestação organizada por vários movimentos em defesa da floresta amazónica contou com a participação de partidos de esquerda, tendo estado presente a líder do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins.

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Cerca de 700 pessoas manifestaram-se esta segunda-feira no Largo Camões, em Lisboa, numa açãoem defesa da floresta da Amazónia, segundo estimativa de uma fonte oficial da Polícia de Segurança Pública (PSP).


"No pico da manifestação estimamos que estiveram cerca de 700 pessoas. Foi uma manifestação ordeira sem incidentes a registar", afirmou, em declarações à agência Lusa, um oficial de serviço à 1º divisão da PSP, Carlos Mena.

A manifestação organizada por vários movimentos em defesa da floresta amazónica contou com a participação de partidos de esquerda, tendo estado presente a líder do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, que não prestou declarações.

Num ano, a desflorestação na Amazónia aumentou 88%. Agora, e só em cerca de três semanas, o fogo já consumiu 20 mil hectares de vegetação.

Entre 2000 e 2017, a Amazónia perdeu uma área superior à da Alemanha, ou seja, cerca de 400 mil quilómetros quadrados, revela a BBC Brasil, citando um estudo da Universidade de Oklahoma publicado na revista “Nature Sustainability”.

Entre 1 de janeiro e 18 de agosto deste ano, foram registados quase 71.500 focos de incêndio – um número recorde, comparado com os perto de 40 mil no mesmo período do ano passado e com a última grande onda de incêndios, em 2016, quando se registou 66.622 focos de queimadas durante o mesmo período.


O número de incêndios no Brasil aumentou 83% este ano, em comparação com o período homólogo de 2018, com 72.953 focos registados até 19 de agosto, sendo a Amazónia a região mais afetada.

A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta. Tem cerca de 5,5 milhões de quilómetros quadrados e inclui territórios do Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (pertencente à França).

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) brasileiro anunciou que a desflorestação da Amazónia aumentou 278% em julho, em relação ao mesmo mês de 2018.

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