02 set, 2019 - 20:41 • Ana Carrilho, com Lusa
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) não integrou qualquer investigador nos seus quadros ao abrigo do Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP).
Em declarações à Renascença, Bárbara Pereira, uma das bolseiras de investigação que trabalha com a instituição há quase 13 anos, confirma que houve integrações, mas para as áreas técnicas e de informática.
“Na primeira fase, foram homologados 135. Destes, cerca de 90 foram integrados, são de carreiras técnicas. Na investigação, ficámos todos a aguardar. Somos 38 que estamos a aguardar, dois tiveram parecer na semana passada para investigadores. Temos todos doutoramento e estamos à espera”, explica Bárbara Pereira.
O Ministério do Mar, que tutela o IPMA, avançou esta segunda-feira à agência Lusa que já regularizou a situação de 84 trabalhadores e estão em preparação aos procedimentos para a regularização de mais 14.
Quanto aos investigadores, o gabinete de Ana Paula Vitorino referiu que foi criada uma comissão de avaliação visando garantir a imparcialidade e igualdade de tratamento em todos os laboratórios do Estado, nomeadamente se as funções exercidas correspondem à carreira de investigação ou de técnico superior.
O despacho conjunto foi publicado no dia 22 de agosto. Uma medida que os bolseiros do IPMA contestam já que o presidente já tinha dado o seu parecer numa outra comissão de avaliação, no fim de 2017.
Segundo o comunicado que o grupo de bolseiros divulgou, atestava que "as funções dos trabalhadores correspondiam a actividades de investigação e a necessidades permanentes de serviço, pelo que deveriam ser integrados na carreira de investigação científica".