Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

​Ana Gomes ouvida como arguida em processo por difamação movido por Aguiar-Branco

12 set, 2019 - 19:35 • Lusa

Ex-eurodeputada garante que reiterou as dúvidas sobre a subconcessão dos estaleiros de Viana do Castelo.

A+ / A-

Ana Gomes foi ouvida esta quinta-feira, como arguida, num processo por difamação movido pelo ex-ministro Aguiar-Branco. A ex-eurodeputada diz que reiterou as dúvidas sobre a subconcessão dos estaleiros de Viana do Castelo.

"O dr. Aguiar-Branco, uma vez que expirou a minha imunidade parlamentar, voltou à carga, e eu lá fui com todo o gosto explicar que não só mantenho as afirmações que fiz como remeti para a fundamentação que apresentei em 2013, em menos de um mês, à Procuradoria Geral da República (PGR)", afirmou Ana Gomes, em declarações à Lusa.

A antiga eurodeputada do PS salientou que esta sua queixa deu, na altura, origem a um processo "que continua aberto" no DCIAP (Departamento Central de Investigação e Ação Penal) sobre a subconcessão dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).

"Hoje dei mais alguns elementos e, naturalmente, estou mais do que disponível para fornecer todos os elementos à PGR para o processo-mãe e também, se for preciso, para este processo em que o dr. Aguiar-Branco procura intimidar-me com a acusação de difamação", assegurou.

"Vou aguardar tranquilamente e muito divertida" pelo desenrolar do processo, acrescentou.

Ana Gomes foi ouvida esta quinta-feira no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) no âmbito de um processo movido pelo ex-ministro da Defesa português, que em 2014 apresentou uma queixa por difamação na sequência de declarações da então eurodeputada sobre alegadas ligações entre o seu escritório de advogados e o grupo Martifer, que venceu o concurso público internacional para a subconcessão dos ENVC.

Em novembro de 2013, em declarações na TVI24, Ana Gomes criticou o processo de subconcessão dos estaleiros e defendeu que "é preciso verificar" eventuais "negócios" entre o escritório de advogados do ministro e o grupo Martifer.

O processo foi suspenso depois de o Parlamento Europeu recusar, em 2014, o levantamento da imunidade parlamentar à então eurodeputada, mas em julho deste ano Aguiar-Branco requereu ao Ministério Público que retomasse o inquérito, no dia em que a socialista deixou o cargo e perdeu, portanto, a imunidade parlamentar.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+