15 out, 2019 - 14:53 • Ana Rodrigues , João Pedro Barros
Depois dos motoristas de pesados associados da FECTRANS, também os motoristas de matérias perigosas chegam a acordo com os patrões. A Antram (Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias) e o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) concluíram na manhã desta terça-feira a revisão do contrato coletivo de trabalho, que permite um rendimento mensal não inferior a 1.460 euros.
“Aquilo que se conseguiu foi que estas pessoas passassem a ter um rendimento mensal pago todos os meses, incluindo o mês de férias, de cerca de 1460 euros por mês. É muito diferente daquele que existia anteriormente, é um aumento como nunca existiu em Portugal. Não existe memória de haver conquistas tão grandes no setor laboral”, declara Pedro Pardal Henriques, vice-presidente do SNMMP, à Renascença
Para além da questão salarial, o advogado e candidato a deputado pelo Partido Democrático Republicano (PDR) nas últimas legislativas, garante que foram várias as conquistas para os motoristas.
“Foi um acordo histórico, que foi alcançado com a luta dos trabalhadores, com a greve feita em abril e agora em agosto. O valor é aquele que foi conquistado em abril, com alguns acréscimos e melhorias conquistadas agora nesta greve, nomeadamente a garantia de que não há valores pagos aos trabalhadores que não sejam tributados. Estas pessoas terão direito a uma reforma digna, a um salário digno. Se estiverem doentes terão direito a uma baixa digna”, sublinhou Pardal Henriques.