25 out, 2019 - 11:51 • Liliana Monteiro
“Que o povo se faça ouvir, para dizer aos deputados que deixem o povo defender a vida”. A Federação Portuguesa pela Vida reafirma o ‘Não à Eutanásia’ e confirma à Renascença que pretende avançar com uma iniciativa popular de referendo.
A recolha de assinaturas deve começar este sábado durante as ‘Caminhadas pela Vida’ que vão realizar-se em cinco capitais de distrito: Lisboa, Porto, Braga, Aveiro e Viseu. Em 2018 saíram à rua dez mil pessoas.
Esta é já a IX Caminhada para dizer ‘Não à Eutanásia’ e está marcada para as 15h00. “Há uma vontade popular de defesa da vida desde o nascer até à morte natural’, explica José Maria Seabra Duque, Coordenador da Plataforma ‘Caminhada Pela Vida’.
Se a iniciativa começou apenas com uma iniciativa na cidade de Lisboa, este ano envolve cinco cidades (Lisboa, Aveiro, Braga, Porto e Viseu) que vão caminhar à mesma hora. ‘Contamos que saiam muitas pessoas à rua, porque são inúmeros os que querem fazer o elogio da vida’ sublinha, ainda, José Maria Seabra Duque, garantindo que ‘a Caminhada é um recado aos políticos e governantes’.
A ‘Caminhada Pela Vida’ é dirigida a toda a sociedade civil. “É para todos, famílias, crianças e pessoas mais velhas. É uma festa da vida com mensagens claras a passar”, afirma o coordenador da Federação Portuguesa pela Vida.
A Renascença sabe que o Bloco de Esquerda vai apresentar, esta tarde, no parlamento, um diploma para legalizar a Eutanásia, precisamente no dia em que tem início a nova sessão legislativa, depois das eleições de 6 de outubro.
Referendo sobre eutanásia
“Sabemos qual é o quadro político atual e que é muito provável que a morte a pedido seja legalizada. Também sabemos que este assunto mal constava dos programas eleitorais e não foi discutido. Prepara-se para ser aprovada uma lei fraturante, porque fratura o pilar da dignidade da vida humana e prepara-se para ser aprovada sem se ouvir o povo”, lamenta José Maria Seabra Duque.
O coordenador da Caminhada pela Vida garante que “faremos uma iniciativa popular de referendo. Recolheremos 60 mil assinaturas para que o povo tenha a possibilidade de ser ouvido sobre este assunto. Porque achamos que a vida humana deve ser protegida sempre e se os deputados não o fizerem o povo irá fazê-lo”.
A Federação Portuguesa pela Vida esclarece que esta não é uma questão política ou partidária. “Defendemos a vida humana desde o momento da conceção até ao momento de morte natural, e desafiamos que o povo se faça ouvir para dizer aos deputados que deixem o povo defender a vida. Se não têm coragem para o fazer, se dão prevalência ao partido, o povo fará essa defesa”.
O objetivo é evitar que “a sociedade se limite a matar e descartar” porque querem uma comunidade que ame os doentes e os mais frágeis e cuide deles.
Pontos de partida da caminhada marcada as para 15h00 de sábado:
Lisboa – Praça Luis Camões
Porto – Sé
Aveiro – Largo do Mercado Manuel Firmino
Braga – Avenida central (Arcada)
Viseu- Campo de Viriato