28 out, 2019 - 09:35 • Redação
A atleta Rosa Mota está descontente com a Câmara do Porto, pois o pavilhão em sua honra no Palácio de Cristal vai receber o nome do patrocinador das obras no espaço. O “Super Bock Arena Pavilhão Rosa Mota” reabre esta segunda-feira.
“A Câmara do Porto considera que o nome da atleta está mais do que nunca protegido, não compreendendo que alguém se possa considerar mais respeitado dando nome a um edifico em pré-ruína e sem uso, do que num moderno centro de congressos onde a sua designação está claramente inscrita”, segundo uma nota oficial.
O comunicado, publicado no site da autarquia, surge na sequência de uma alegada polémica em que Rosa Mota se mostrou descontente pelo facto de o seu nome estar associado a uma marca comercial.
A autarquia portuense garantiu ainda que, pela primeira vez, o nome da atleta ficará também inscrito sobre a entrada principal do pavilhão e em vários locais do seu interior.
“O investimento foi totalmente suportado por privados, que encontraram
a forma de financiamento adequada. Pediram, esses mesmos privados, para mudar o
nome ao equipamento, o que foi recusado pelo presidente da Câmara. Foi,
contudo, admitido que pudessem colocar um patrocinador, que ajudasse a suportar
os elevados custos de reabilitação, conforme aprovado em reunião de executivo e
conforme o previsto no caderno de encargos. Nesse processo, ficou assegurado
que ninguém poderia retirar o nome da atleta da designação formal, mas que
também no uso comercial o seu nome teria sempre que estar presente. Estes dados
foram fornecidos à atleta, que com eles concordou e se congratulou há mais de
um ano”, pode ler-se no mesmo texto.
Rosa Mota diz-se “enganada”
Fonte ligada à atleta confirmou à Renascença o descontentamento de Rosa Mota, dizendo que o acordo que tinha sido estabelecido definia que a designação "Pavilhão Rosa Mota" surgia primeiro que a marca, mas que acabou por ser ao contrário.
Numa carta enviada à Câmara do Porto, e que a SIC Notícias teve acesso, Rosa Mota explica que quando recebeu o convite “do senhor presidente da Câmara para a reabertura do Pavilhão, e no qual está escrito ‘Super Bock Arena Pavilhão Rosa Mota'” se sentiu “definitiva e claramente enganada”.
“Comunico a todos os vereadores, em primeira
mão, que não dou a minha anuência a algo que parece estar definitivamente
estabelecido e que não foi o que foi acordado”, sublinhou.
A atleta não vai à reinauguração do antigo Palácio de Cristal, marcada para esta segunda-feira. Os vereadores da oposição também não vão estar presentes.