31 out, 2019 - 08:28 • Redação
A ANA - Aeroportos de Portugal “vê com surpresa e apreensão algumas das medidas propostas” da Declaração de Impacto Ambiental sobre o novo Aeroporto do Montijo.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) emitiu uma minuta favorável à criação da nova infraestrutura, que atesta da viabilidade ambiental desse projeto. Contudo, impôs um pacote de medidas de minimização e compensação ambiental ascende a 48 milhões de euros. Entre as principais preocupações ambientais estão a avifauna, ruído e mobilidade.
Pacote de medidas de minimização e compensação amb(...)
Em comunicado enviado à redação, a ANA diz-se surpresa com algumas das medidas propostas, as quais irá avaliar “detalhadamente” dentro do prazo legal.
“Em conformidade com o procedimento aplicável, a ANA Aeroportos de Portugal irá analisar a exequibilidade, equilíbrio e benefício ambiental dessas medidas, bem como as suas implicações tendo por base os pressupostos acordados anteriormente para o projeto”, refere o mesmo texto.
A associação ambientalista Zero pondera avançar com uma providência cautelar perante a decisão "favorável condicionada" da Agência Portuguesa do Ambiente.
Já a Quercus mostra-se satisfeita com o parecer. O presidente do Paulo do Carmo, diz que a solução do Montijo é a melhor, apesar dos impactos. “A solução do Montijo terá sempre impactos, mas se for devidamente pensada, mitigada e acompanhada será certamente uma solução menos má, no sentido de dar resposta a uma necessidade do país neste momento”, justifica.
O presidente da Câmara do Seixal não entende porque razão o Governo deixou cair a opção Alcochete e insiste no Montijo como localização para o novo aeroporto. Quanto às conclusões da Agência Portuguesa do Ambiente, o autarca Joaquim santos diz que quem sai a ganhar é a Vinci Airports - da qual a ANA faz parte - em detrimento dos interesses da população e do pais, acusando o Executivo de estar a privilegiar aquela entidade.
O projeto pretende promover a construção de um aeroporto civil na Base Aérea n.º 6 do Montijo (BA6), em complementaridade de funcionamento com o Aeroporto de Lisboa, visando a repartição do tráfego aéreo destinado à região de Lisboa e a acessibilidade rodoviária de ligação da A12 ao novo aeroporto.
Em 8 de janeiro, a ANA - Aeroportos de Portugal e o Estado assinaram o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, com um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028 para aumentar o atual aeroporto de Lisboa (Aeroporto Humberto Delgado) e transformar a base aérea do Montijo num novo aeroporto.