08 nov, 2019 - 01:21 • Lusa
O Presidente da República disse que recebeu o presidente da câmara e o comandante dos bombeiros de Borba para perceber os acontecimentos de sábado e afirmar os princípios da tolerância e do Estado de direito democrático.
Em declarações aos jornalistas, à saída da Web Summit, no Parque das Nações, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que estes dois princípios "têm de ser compatíveis" e que "é esse equilíbrio que é preciso manter" em Portugal.
Em causa estão os acontecimentos de sábado no quartel dos bombeiros de Borba que, segundo o comandante, Joaquim Branco, foi invadido por um grupo de cerca de 20 pessoas, provocando ferimentos ligeiros em dois elementos da corporação, um por agressão a murro e o outro devido a vidros partidos.
"Foi para perceber o que se tinha passado que eu recebi o senhor presidente da câmara, mais o comandante dos bombeiros, mais o comandante da GNR, com o senhor ministro da Administração Interna, para me contarem o que se passou - antes de eu ter oportunidade, um dia mais tarde, de ir a Borba", justificou o chefe de Estado.
Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que a reunião de hoje no Palácio de Belém, divulgada no portal da Presidência da República na internet, serviu igualmente "para afirmar estes dois princípios", por um lado, "a tolerância e a inclusão e a integração social", e, por outro, "a segurança das pessoas, os direitos das pessoas e o respeito das regras do Estado de direito democrático".
"Uma sociedade inclusiva, como nós queremos que seja a nossa, tem de ser tolerante, aberta, integradora. Mas, por outro lado, o Estado de direito democrático supõe que haja o respeito dos direitos, liberdades e garantias de todos - de todos - e, portanto, que o uso da força física não é nunca um meio legítimo, mesmo que se trate de pessoas desesperadas, numa situação difícil", defendeu.