13 nov, 2019 - 11:30 • Lusa
A ministra da Saúde, o bastonário da Ordem dos Médicos e a presidente da Entidade Reguladora da Saúde vão ao parlamento prestar esclarecimentos sobre o caso do bebé que nasceu com malformações graves no rosto, mas que não foram identificadas por um obstetra.
A comissão parlamentar de Saúde aprovou, esta quarta-feira, por unanimidade um requerimento do PAN (Pessoas-Animais-Natureza) que pedia para ouvir a ministra da Saúde, o bastonário dos Médicos e a responsável da Entidade Reguladora da Saúde (ERS).
Os deputados da comissão parlamentar acabaram por decidir ouvir num primeiro momento o bastonário dos Médicos e a presidente do regulador.
A ministra da Saúde, Marta Temido, será também ouvida, mas num momento posterior e numa audição mais abrangente, sobre o caso do bebé de Setúbal e sobretudo sobre a questão da clínica onde foram feitas as ecografias à grávida, uma unidade que não tinha convenção com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas que recebia utentes com credenciais passadas pelos serviços públicos.
A gravidez do bebé que nasceu no mês passado em Setúbal sem nariz e olhos e sem parte do crânio foi seguida no centro de saúde, mas a mãe realizava ecografias com o médico Artur Carvalho numa clínica privada, supostamente ao abrigo de uma convenção com o Estado.
Entretanto, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo veio confirmar que a clínica não tinha qualquer convenção e que usava as credenciais do SNS, que eram depois faturadas por outra unidade com convenção.
O obstetra que não identificou as malformações no bebé tinha já vários processos pendentes no conselho disciplinar Sul da Ordem dos Médicos, alguns desde 2013.
Bastonário quer esclarecimentos por parte do Conse(...)