15 nov, 2019 - 09:59 • Redação
A diretora-geral da Saúde garante que haverá um reforço dos hospitais pediátricos de Lisboa para responder à época da gripe e ao esperado aumento da procura devido ao encerramento da urgência pediátrica do Garcia de Orta.
“Exatamente. Do Garcia de Orta e do inverno. Obviamente, o inverno é sempre uma altura em que há reforço no atendimento e, portanto, estão os serviços a programar-se, a reorganizar-se para dar resposta a fluxos de doentes que podem ser diferentes do habitual”, avançou Graça Freitas esta sexta-feira, na Renascença.
A notícia chega depois de a ministra da Saúde ter anunciado, na quinta-feira, que a urgência pediátrica do Hospital Garcia de Orta também vai encerrar durante a semana já a partir de segunda-feira
Marta Temido avançou de seguida que o horário de duas unidades de saúde será, por isso, alargado.
"Este será um funcionamento de contingência e complementar ao encerramento no período das 20h00 às 8h00 da urgência pediátrica do Garcia de Orta", afirmou numa conferência de imprensa no Ministério da Saúde, em Lisboa.
Confirma-se a hipótese já avançada pela Comissão d(...)
Mais pessoas, mais demora
Convidada do programa As Três da Manhã nesta sexta-feira, a diretora-geral da Saúde alertou para o facto de, mesmo com reforço de meios nos hospitais – pediátricos e não só – “muito mais gente implicar demora no atendimento para as situações menos graves”.
“Nos dias de grande afluxo, o que fica garantido é que as pessoas que têm doença mesmo grave são atendidas muito rapidamente. É para isso que há uma triagem, para distinguir os graves e os muito graves, que são atendidos logo, e depois os menos graves poderão ter um tempo de espera maior do que é habitual”, afirma Graça Freitas.
Gripe. Mais de 840 mil pessoas já se vacinaram
Num balanço do plano de vacinação contra a gripe, cujo período de vacinação começou há um mês, Graça Freitas avança que, até quinta-feira (ontem), foram vacinadas 840 mil pessoas – mais 40 mil do que em igual período do ano passado.
“E também temos a vacinação nas farmácias” e “ainda cerca de 100 mil doses distribuídas para os lares e instituições que têm pessoas em permanência, para os serviços prisionais”, acrescenta.
“Portanto, se a estas 840 mil juntarmos essas 100 mil, quase que estamos a atingir um milhão de doses”, conclui a diretora-geral da Saúde.