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Governo alega ter feito “importante investimento” nas forças de segurança

20 nov, 2019 - 20:03 • João Pedro Barros

Em véspera da manifestação da PSP e GNR em Lisboa, executivo salienta que total de admissões entre 2016 e 2019 duplicou face aos quatro anos anteriores.

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As contas do Governo em relação às forças de segurança são de somar: só em termos de admissões, contabilizam 4.814 entre 2016 e 2019, o que equivale a “mais do dobro do Governo anterior”, entre 2012 e 2015. Este é um dos números que consta de um relatório enviado esta quarta-feira à Renascença pelo Ministério da Administração interna, na véspera da manifestação das forças de segurança, em Lisboa.

Em termos deste investimento, adjetivado como “importante”, há ainda mais números: 23,1 milhões de euros na reabilitação de infraestruturas, 57,2 milhões na aquisição de veículos e mais de 15 milhões na compra de armas e outros equipamentos. Para além disso, o Ministério da Administração Interna realça que, em 2020, se estima a entrega de mais armamento e equipamentos, num valor superior a 6,3 milhões de euros.

Voltando aos efetivos, o documento inclui números retirados do Relatório Anual de Segurança Interna 2018, que contabiliza 22.829 operacionais na GNR e 20.085 na PSP. O Governo salienta as admissões, mas o número de elementos em 2015, de acordo com o mesmo relatório, era até superior (20.466) na PSP e apenas inferior em 56 elementos (22.773) na GNR.

Neste caderno recheado de números, para mostrar à opinião pública que houve investimento nas forças de segurança, é ainda destacado que, na GNR, foi “assegurada a subida do posicionamento remuneratório de 19.000 militares” e 5.000 “progrediram na carreira entre 2018 e 2019”, estando previsto o mesmo para 6.100 militares em 2020.

“Na PSP e na GNR foi retomado o pagamento em período de férias do suplemento de serviço policial, a partir de 1 de janeiro de 2019, que estava interrompido desde 2011”, acrescenta-se.

Diálogo não chega para desmarcar greve

O Governo dedica igualmente parte do documento a uma “agenda de diálogo social e ação para a legislatura”, que inclui a “valorização das forças e serviços de segurança" através da “definição de um programa plurianual de admissões”, de uma “nova Lei de Programação das Infraestruturas e Equipamentos” e da “análise e revisão do estatuto remuneratório”.

No fundo, estes são os principais pontos que foram levados a reunião com o ministro Eduardo Cabrita, esta segunda-feira, pela Associação dos Profissionais da Guarda, e na quinta-feira, pelos sindicatos mais representativos da PSP. No entanto, as estruturas decidiram manter o protesto desta quinta-feira, por ainda não estar definido um calendário para a resolução rápida dos problemas, mas apenas uma agenda de reuniões negociais.

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