22 nov, 2019 - 06:29 • Redação
A advogada da jovem suspeita de ter abandonado o filho, recém-nascido, num contentor do lixo, em Lisboa, quer rever a medida de coação da arguida.
Ana Maria Lopes quer que a jovem de 22 anos saia da cadeia de Tires e passe a cumprir prisão domiciliária com pulseira eletrónica numa instituição de solidariedade social.
Em declarações ao Expresso, a advogada diz ter a garantia de uma ONG com capacidade para receber presos preventivos que pretende acolher a jovem cabo-verdiana durante algum tempo.
O bebé já teve, entretanto, alta hospitalar e deverá ser entregue a uma família de acolhimento.
Na quarta-feira, o Ministério Público informou que o Tribunal de Família e Menores de Lisboa decidiu entregar a criança, alegadamente deixada pela mãe num ecoponto da capital, no início do mês, a uma família de acolhimento.
Segundo uma nota da Procuradoria-Geral da República, o juiz decidiu a favor da proposta do Ministério Público, “tendo determinado a substituição da medida de acolhimento residencial pela de acolhimento familiar, a título cautelar, a concretizar aquando da alta clínica da criança”.
A mãe da criança, uma jovem de 22 anos, em situação de sem-abrigo, que, segundo a acusação, abandonou o recém-nascido num caixote do lixo, no passado dia 5 de novembro, foi detida pela Polícia Judiciária (PJ) e está em prisão preventiva, indiciada da prática de homicídio qualificado na forma tentada (tentativa de homicídio qualificado).